Turismo

Companhias aéreas United Airlines e American Airlines vão despedir 32.000 trabalhadores

A companhia aérea norte-americana United Airlines anunciou que vai despedir a partir de hoje 13.000 funcionários, poucas horas depois da American Airlines ter anunciado que iria dispensar 13.000.

No total, as duas empresas contam dispensar 32.000 trabalhadores, uma vez que os políticos norte-americanos não chegaram a acordo sobre uma extensão da ajuda ao setor aéreo, em crise devido à pandemia.

Ambas as empresas exortaram o Congresso dos EUA a aprovar um novo plano de salvamento para evitar despedimentos.

No entanto, as negociações entre Democratas e Republicanos para aprovar um novo pacote de estímulos para enfrentar a crise económica resultante da pandemia do coronavírus têm estado paradas há meses.

O presidente executivo da American Airlines, Doug Parker, deixou, no entanto, uma porta aberta: "Vamos cancelar" estes despedimentos "e chamar os membros da equipa afetada" se os Democratas e Republicanos chegarem a um compromisso nos próximos dias, disse, numa mensagem aos funcionários.

A United Airlines, entretanto, dispensará cerca de 13.000 empregados, incluindo quase 7.000 comissários de bordo.

"Instamos os nossos representantes eleitos a chegar a um compromisso, fazer um acordo agora e salvar os empregos", disse a empresa sediada em Chicago, numa mensagem aos seus empregados.

As companhias aéreas norte-americanas receberam uma ajuda de 25 mil milhões de dólares do maior pacote de estímulo económico da história do país, no valor de 2 biliões de dólares, aprovada em março.

Em troca da receção do dinheiro, as companhias aéreas comprometeram-se a não despedir empregados até 30 de setembro.

O tráfego aéreo, que estava em queda livre no início da pandemia, está longe de voltar ao normal.

Muitos passageiros continuam relutantes em voar em espaço confinado, os voos internacionais continuam sujeitos a restrições rigorosas e as viagens de negócios estão a meio gás.

O número de clientes que passam pela segurança nos aeroportos americanos é ainda cerca de 60% a 70% inferior ao do mesmo período em 2019, de acordo com números governamentais.