O Populismo e o “pupulismo”!
- Desculpa, meu amigo mas desde há muito tempo que ando baralhado e confundido com a aplicação da palavra populismo.
Será que me podes explicar, com realismo, porque anda certa gente a falar no populismo?
- Sabes, isso é absolutamente natural, porque, infelizmente, em Portugal, já não há moral para falar no fascismo, daí aplicarem a palavra populismo.
- Perdão, não estou a entender, agradecia que me explicasses melhor para eu perceber.
- Bom, primeiro tens que reparar bem, para veres a referência ao populismo de que tipo de pessoas é que vem.
Se é do povo em geral ou de alguém em especial.
- Compreendo. Deixa-me lá ver se me lembro:
Não. Do povo em geral não tenho essa impressão. Se queres que te diga, parece-me que vem de certa gente da política.
- Exatamente. É da parte dessa gente. Sobretudo daqueles que estão nos “tachos” (e querem lá estar eternamente) a exemplo, aliás, de como faziam os senhores de antigamente.
- Entendido. Por vergonha não falam diretamente no fascismo mas querem amedrontar o povo com a tal história do populismo.
- Isso mesmo, meu amigo. Esta lengalenga da “democracia, socialismo e liberdade “ está a encher-lhes os bolsos à sua vontade e todo aquele ou aqueles que diga umas verdades, cai o Carmo e a Trindade, e com o medo de lhes poder pôr os “tachos” em risco, vêm com essa história do populismo.
-Estou esclarecido. Mas acho que, o povo neste momento está mais preocupado com o “pupulismo”, essa, digamos, “matéria suja, enjoativa ” que está impregnada na política com nefastas consequências para todas as áreas da nossa vida.
- Sim, é verdade, as pessoas andam mais preocupadas- porque não há região que escape - ao verem o seu País a saque.
- Saque não só feito às escondidas, como, escandalosamente, à vista de toda a gente.
- Exatamente, amigo. Estás a te referir a salários e regalias sociais dos políticos?
- Evidentemente. Alguns a sua falta de competência e capacidade para os cargos já foram tristemente demonstrados e, outros, nem tempo tiveram para serem testados, mas já dispõem de ordenados que são um insulto descomunal aos milhares que trabalham com ordenados a roçarem o salário mínimo nacional.
- Pois claro. E talvez seja esse e outros “PUPULISMOS” que os levam a temer o populismo.
- Mas, meu amigo, como diziam os antigos, não há bem que sempre dure, nem mal que sempre ature.
Pode não ser para o nosso tempo, mas vai aparecer alguém para lhes fazer o julgamento.
- Que Deus te ouça. É urgente que surja alguém que” parta a louça”!
Digo-te com toda a honestidade. Acredito que haja alternativa ao “fascismo em ditadura” que não seja o “fascismo em liberdade” !
Um regime onde haja um mínimo de idoneidade, de carater, de dignidade!
Juvenal Pereira