Desporto

Daniel Mestre vence ao ‘sprint’ etapa da Volta a Portugal no dia de azar de Jóni Brandão

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Daniel Mestre (W52-FC Porto) venceu hoje ao ‘sprint’ a terceira etapa da Volta a Portugal em bicicleta, em Castelo Branco, conquistando a sua terceira vitória na prova, enquanto o colega de equipa espanhol Gustavo Veloso segue líder.

No primeiro dia em que o calor se fez sentir, o ‘sprinter’, de 33 anos, cumpriu os 194,1 quilómetros entre Santarém e Castelo Branco em 5:11.37 horas, batendo sobre a meta o francês Clément Russo (Arkéa Samsic) e ao norueguês August Jensen (Israel Cycling Academy), segundo e terceiro posicionados, respetivamente.

Na chegada, técnica devido a algumas ruas estreitas e à rotunda que antecede a reta da meta, o português foi o mais rápido e ‘vingou’ várias tentativas anteriores para conseguir a terceira vitória, depois de dois triunfos em 2016, em Braga (primeira etapa) e Setúbal (nona).

“Em 2017 e 2018 consegui alguns segundos lugares, este ano também fiz um segundo [na primeira etapa]. Com uma equipa como esta, só podia fazer um resultado, a vitória em etapa”, atirou o vencedor.

Nesta prova, em que é terceiro à geral e ainda não fez um resultado fora do ‘top 10’, a equipa está a demonstrar-se “unida”, até porque “só a união faz este tipo de resultados”, referiu.

Veloso, vencedor da Volta a Portugal em 2014 e 2015, foi sétimo na etapa, após ter ajudado a ‘lançar’ Mestre, e manteve-se no comando da classificação geral, com três segundos de vantagem sobre o espanhol Mikel Aristi (Euskadi-Murias), segundo.

Mestre fecha o pódio, a oito segundos, depois de ter subido ao terceiro posto até antes da vitória, devido à penalização de Jóni Brandão (Efapel).

A vitória reafirma o domínio dos ‘dragões’ até ao momento na prova, uma vez que sempre vestiram a camisola amarela, primeiro por Samuel Caldeira, vencedor do prólogo, e depois por Veloso, e têm, ao todo, cinco dos sete corredores no ‘top 10’ da geral, além de duas vitórias em etapas, em quatro possíveis.

Numa terceira tirada marcada pela notícia que se soube perto da partida, da penalização de 10 segundos de um dos favoritos, Jóni Brandão, por ter recebido um empurrão do carro de apoio, a fuga foi animada por Guillaume Almeida (Bai Sicasal-Petro de Luanda) e o sul-africano Jayde Julius (ProTouch).

O calor fez-se sentir até Castelo Branco, com os termómetros a marcarem 38 graus, o que levou populares a trazerem mangueiras para molhar o pelotão. A fuga chegou a ter mais de 10 minutos, antes de Almeida ceder, a 24 quilómetros da meta, com Julius a resistir sozinho enquanto pôde.

A chegada manteve a toada ‘nervosa’ e, no dia que antecede a subida à Torre, o posicionamento voltou a marcar a disputa final, em que Mestre levou a melhor e Brandão teve novo azar.

Um corte no final trouxe mais seis segundos de atraso a vários corredores, entre eles o chefe de fila da Efapel, com um dia ‘azarado’, antes de uma das etapas mais emblemáticas da prova.

Alejandro Marque e Tiago Machado, da Sporting-Tavira, também foram apanhados pelo corte, assim como o ‘veterano’ colombiano Óscar Sevilla (Medellín), o primeiro nome fora do ‘top 10’ da geral.

A quarta etapa parte da Pampilhosa da Serra, que se estreia no traçado de partidas e chegadas, e estende-se por 145 quilómetros, até à Torre, a única contagem de montanha de categoria especial da 81.ª edição.