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Ex-presidente colombiano pede apoio para lidar com crise de refugiados venezuelanos

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O ex-Presidente colombiano Andrés Pastrana pediu hoje apoio à comunidade internacional para o seu país, que enfrenta a “maior crise de refugiados da atualidade”, vindos da Venezuela, um “narco-regime que controla as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia”.

Em entrevista à Lusa em Malabo, onde anunciou formalmente a entrada do Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE) na Internacional Democracia Centrista (IDC) como observador, Andrés Pastrana, que é o líder mundial da organização, comentou a crise de refugiados causada pelo colapso social e económico da Venezuela.

“A Colômbia está a viver a maior crise de refugiados do mundo: só no último ano, um milhão de refugiados venezuelanos chegaram ao país. Não temos os recursos e estamos a pedir apoio ao mundo”, afirmou o antigo chefe de Estado colombiano, que voltou a acusar o governo de Caracas de ter ligações ao narcotráfico e às FARC.

“Na Colômbia, as FARC são suportadas pelo cartel da Venezuela”, através de Diosdado Cabello, ex-presidente do Congresso venezuelano, e de Tareck El Aissami, ex-vice-Presidente do país.

Muito crítico dos acordos de paz na Colômbia, promovidos pelo ex-Presidente Juan Manuel Santos (centro-esquerda), que permitiram às FARC manter o controlo de parte do território.

“A grande herança do Presidente Santos foi o narcotráfico legal”, disse Andrés Pastrana.

Quando deixou a Presidência, em 2002, Pastrana disse que o país tinha 40 mil hectares cultivados com cocaína. Em 2018, quando Santos deixou a Presidência, o país tinha “300 mil hectares de cocaína”.

“Se há coca não vai haver paz. Esse é o grande desafio do Presidente [Ivan] Duque (direita) na Presidência da República” da Colômbia, disse, referindo-se ao sucessor de Juan Manuel Santos.