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Presidente do Brasil quer parceria com Japão para explorar biodiversidade na Amazónia

Foto Reuters
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O Presidente do Brasil anunciou que vai aproveitar o encontro do G20, no Japão, na próxima semana, para propor ao Governo nipónico um projeto de exploração conjunto da biodiversidade na região amazónica.

“Vamos viajar para o Japão na terça-feira à noite para a reunião do G20 e eu vou manter um encontro paralelo com o primeiro-ministro japonês [Shinzo Abe], no qual vou propor um acordo para que possamos, em parceria, explorar a biodiversidade da região amazónica”, afirmou Jair Bolsonaro, na quinta-feira, numa transmissão em direto na sua página da rede social Facebook.

O Presidente brasileiro defendeu já, em diferentes ocasiões, a exploração da rica biodiversidade da Amazónia para favorecer a população que vive na região.

Bolsonaro esclareceu ainda que isso não significa que esteja a propor a destruição da Amazónia. “Ninguém quer destruir a Amazónia”, sublinhou.

“Que o Brasil está a destruir a Amazónia é uma propaganda contra nós de grupos estrangeiros e alguns traidores brasileiros que querem que a Amazónia seja internacionalizada”, denunciou, garantindo em seguida que, enquanto for Presidente “isso não acontecerá”.

Em abril passado, numa visita a Israel, Bolsonaro tinha apontado para a possibilidade de o Brasil se associar com países mais desenvolvidos tecnologicamente para explorar a biodiversidade da Amazónia.

“Temos um mar de biodiversidade e estou disposto a assinar parcerias e acordos para explorá-lo. Acredito, com todo o respeito pela Austrália e outros países, que nenhum tem tanta biodiversidade quanto o Brasil. Estamos disponíveis nessa área para novas descobertas”, afirmou.

Organizações ambientalistas, que atuam no país, denunciaram várias iniciativas de Bolsonaro, por considerarem que facilitam o desmatamento das florestas.

Dados dados divulgados por aquelas organizações, a área média devastada na Amazónia saltou de 10 hectares por hora, em maio de 2018, para 19 hectares por hora no mesmo mês deste ano.

De acordo com dados oficiais, o desmatamento nos últimos nove meses, de agosto de 2018 a abril de 2019, aumentado para 15 mil hectares.

A exploração de madeira aumentou depois de Bolsonaro ter decidido flexibilizar o controlo ambiental e extinguir alguns órgãos ambientais, sublinharam as mesmas organizações.