Madeira

Secretaria de Educação equaciona apostar no 2.º Ciclo ao nível do Ensino Recorrente

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Este ano foram cerca de 800 alunos aqueles que frequentaram o 1º Ciclo no Ensino Básico Recorrente. Porém, o total de pessoas a recorrer a esta oferta formativa tem vindo a diminuir nos últimos anos, já que são cada vez menos as pessoas que querem concluir esse ciclo de ensino. Nesse sentido, a Secretaria Regional de Educação terá de equacionar avançar a oferta para o 2.º Ciclo do Ensino Básico, não só para as pessoas que, terminando o 1.º Ciclo, queiram avançar nos seus estudos, mas também para aqueles que, não tendo possibilidade de tê-lo feito no ‘tempo certo’, poderão fazê-lo agora. Jorge Carvalho, secretário de Educação, falava há pouco à margem do XXVII Encontro Regional do Ensino Básico Recorrente, que teve lugar na Escola Secundária de Jaime Moniz, uma festa que contou com largas dezenas de pessoas que no último ano frequentaram esta oferta formativa.

O governante explicou que o Ensino Recorrente é uma das áreas que a SRE tem procurado desenvolver junto das escolas para um outro tipo de população. “Temos 23 escolas que oferecem esta tipologia de ensino e 10 instituições (IPSS e Casas do Povo) que proporcionam esta formação aos adultos”, disse, recordando que “o objectivo desta oferta é o de capacitar as pessoas para que possam adquirir habilitações mínimas, poder desenvolver competências ao nível básico da leitura, compreensão, cálculo.”

“Estamos a falar de uma população que em idade escolar não tiveram oportunidade de frequentar o ensino ou então não completaram os ciclos formativos e esta oferta ao nível do Ensino Recorrente vem criar as condições para que os não tiveram oportunidade o possam fazer e os que não concluíram tenham essa possibilidade”, disse ainda Jorge Carvalho, sublinhando que muito por força destes projectos, a taxa de analfabetismo na Região é hoje praticamente residual. “Hoje não podemos falar em analfabetismo, porque todas as nossas crianças começam desde cedo a frequentar a escola. E temos taxas de conclusão do ciclos de ensino muito elevadas e que nos satisfazem, como os cerca de 90% ao nível do Ensino Secundário”.