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Associação Venezuelana teme que além dos EUA também a Europa suspenda voos

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A Associação Venezuelana de Maioristas e Empresas de Representação Turística (Avemarep), manifestou hoje preocupação pela decisão dos EUA de proibirem os voos para a Venezuela e pela possibilidade de que também a União Europeia venha a fazer o mesmo.

“Falamos de uma desconexão importante da Venezuela, cujo mercado principal são os Estados Unidos. É uma situação indefinida que não se reverterá rápido”, disse o presidente da Avemarep aos jornalistas.

Segundo Reinaldo Pulido, a suspensão dos voos “terá sido uma medida tomada por motivos de segurança”

“Mas tememos que a União Europeia tome também a decisão de não autorizar os voos das companhias aéreas venezuelanas”, acrescentou.

“Se isso acontecer ficaremos desligados do mundo”, frisou.

Reinaldo Pulido explicou que a situação está a afetar os passageiros não apenas porque os voos foram cancelados, mas também porque estão a permitir transportar menos malas e porque em qualquer momento “os preços dos bilhetes vão aumentar”, devido ao “duríssimo revés” que representa a decisão da Administração Federal da Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

“Miami (nos EUA) é um destino natural para os venezuelanos, desde há muitíssimo tempo”, acentuou.

Para viajar desde a Venezuela para os EUA, segundo aquele responsável, estão a ser usados voos de ligação, de empresas que voam para as Caraíbas e a América do Sul, entre elas a Cidade de Panamá e Santo Domingo, na República Dominicana.

A FAA proibiu terça-feira os operadores aéreos norte-americanos de voar no espaço aéreo venezuelano a uma altitude inferior a 26.000 pés e deu 48 horas para deixassem de voar para a Venezuela, inclusive em voos privados.

A medida, segundo a FAA, deve-se à “crescente instabilidade política e às tensões” na Venezuela.

Por outro lado, na Venezuela, as companhias aéreas Laser e Avior suspenderam os voos entre Caracas e Miami, por terem ambas transportadoras, segundo a imprensa venezuelana, matrícula e pilotos norte-americanos.

A suspensão dos voos tem lugar depois de o setor turístico venezuelano anunciar que houve “poucos negócios” durante a Semana Santa, alertando agora que vai haver perdas milionárias para uma indústria que está em crise na Venezuela.