Excetuando as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, os turistas, os residentes podem -se deslocar em qualquer região do País para outra utilizando qualquer meio de transporte, desde o automóvel, o autocarro, o comboio etc. Nós na Madeira para sairmos, temos apenas o avião.

Ao longo dos últimos anos muito debate tem havido sobre o melhor modelo para assegurar a continuidade territorial, um direito dos Insulares inscrito na Constituição e nas Diretivas do espaço comunitário que estamos inseridos. Uns dizem que a melhor solução é administrativamente impor às companhias um teto por cada viagem. No entanto as mesmos contrapõem que não concordam pois os Governos pagam tarde e a más horas. Outros que é preciso atrair mais companhias. Estas demonstram intenção em iniciar novas rotas que incluem a Madeira, mas que precisam de apoios financeiros. O Governo da República refere que dotação de meios financeiros é uma competência da Região e o Governo Regional diz que é uma competência da República. Uns sugerem acabar com a liberalização e instituir o serviço público na companhia teoricamente com participação do Estado. Os hoteleiros não concordam com esta proposta, porque a consequência seria a saída das companhias Low cost da Madeira com as inerentes repercussões negativas para o Turismo. Neste ping pong de opiniões , quem paga preços pornográficos é o residente, dezenas Milhares de Madeirenses que vivem no Continente e no resto do Mundo que viajam para a Região nas férias e o Turista que quer viajar para Madeira , dificultando a necessária mobilidade de pessoas entre a nossa Região e o Resto do Mundo e afetando negativamente a economia da Região, nomeadamente a sustentabilidade do setor turístico.

Neste ano existe três eleições estando na altura dos partidos com assento tanto na Assembleia Legislativa Regional como na Assembleia da República apresentarem propostas que resolvam de uma vez o problema da Mobilidade dos Madeirenses e Portosantenses. Ou será que vamos estar mais quatro anos à espera?

Emanuel Brás