Madeira

SESARAM vai abrir concurso para novos profissionais para Medicina Nuclear e pediu auditoria clínica

Foto Rui Silva/Aspress
Foto Rui Silva/Aspress

A directora clínica do Serviço Regional de Saúde (SESARAM), Regina Rodrigues, anunciou, esta tarde, na comissão parlamentar de inquérito ao funcionamento da Unidade de Medicina Nuclear, que em breve será aberto concurso para admissão de um médico e de um técnico para esta área especializada.

Neste momento, está a ser escolhido o júri destes concursos para a contratação de novos profissionais para uma unidade que está presentemente a funcionar com recurso a médicos vindos de Coimbra, ou com a solicitação de exames à clínica Joaquim Chaves/Quadrantes.

Por outro lado, a directora clínica revelou que solicitou ontem à Ordem dos Médicos uma auditoria clínica à Unidade de Medicina Nuclear, na sequência das polémicas denúncias feitas pelo respectivo coordenador, Rafael Macedo, que precipitaram a instauração de um processo disciplinar e a sua suspensão preventiva. O objectivo da auditoria é fazer uma avaliação do funcionamento da Unidade e contribuir para a restauração da confiança dos médicos, outros profissionais de saúde e pacientes, que Regina Rodrigues admitiu ter ficado seriamente afectada com as referidas denúncias.

Numa audição que teve duas horas e meia de duração, em que se fez acompanhar de alguns dos directores de serviços que foram visados por acusações de negligência por parte de Rafael Macedo, a directora clínica sublinhou que “tem total confiança” naqueles dirigentes e nos médicos e qualificou como “condenável” a atitude do coordenador da Unidade de Medicina Nuclear. Regina Rodrigues considera que o inquérito do processo disciplinar está curso e que é “prudente” esperar pelo seu resultado, mas admitiu que “a gravidade das afirmações proferidas e o seu impacto torna muito difícil a reaproximação” de Rafael Macedo, mas já que as suas declarações deixaram os outros médicos “magoados” e “lesados” e os pacientes “desconfiados”.

A directora clínica disse que desde que assumiu funções no actual cargo, em Janeiro de 2017, definiu a abertura da Unidade de Medicina Nuclear como uma prioridade e assegurou que Rafael Macedo, apesar de ser o único especialista na área na Madeira, até atrasou o processo, pois ao provocar adiamentos com necessidades que não constavam do plano inicial. “Já estávamos desde o início de Janeiro a cumprir os requisitos e se não tivéssemos colocado uma data, não sei se teríamos iniciado”, adiantou Regina Rodrigues, que foi peremptória ao dizer que a referida unidade é de vital importância para o futuro do sector da saúde pública da Madeira. “É uma Unidade que muito acarinhamos, não tenho dúvida que a utilização de Medicina Nuclear será crescente e haverá muito mais indicações para a Medicina Nuclear. Esse caminho está a ser feito” no SESARAM, destacou.