Madeira

PSD “repudia chantagem” e não aprova Orçamentos que “em nada beneficiam as populações”

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“A tendência do PS local em mediatizar a sua demagogia, repetindo-a até à exaustão na praça pública e, inclusive, usando-a como chantagem, em nada abona a favor do que deveria ser – e não é – o seu principal foco: a população, nem muito menos ajuda a ultrapassar um mau perder que é visível, por parte deste Partido, a vários níveis e em todas as suas frentes”.

A afirmação é de José Prada, Secretário-geral do PSD/Madeira, que assina hoje um comunicado onde aborda diversos assuntos que estiveram e estão na ordem do dia, como o ‘Mercadinho de Natal’ ou o orçamento da Câmara Municipal do Funchal (CMF).

Relativamente ao ‘Mercadinho de Natal’, diz que não foi o Governo Regional que se “imiscuiu nas competências da autarquia, mas, sim, o contrário: foi a CMF que, pela primeira vez e de forma inédita, quiçá como forma de retaliação, quis colocar em causa a realização de um evento que é, anualmente, organizado pelo Executivo regional, com sucesso e para o bem da cidade e do turismo da Região”.

José Prada argumenta que não é o PSD/M que tem vindo a “bloquear a acção governativa nas autarquias lideradas pelo PS Local”, considerando que “é o próprio PS local que não tem capacidade, coerência ou sequer estratégia para governar, o que aliás é visível na estagnação, na falta de visão e na ausência de respostas básicas aos cidadãos que residem, por exemplo, nos Municípios do Funchal ou da Ponta do Sol, onde os projetos estruturantes são consecutivamente adiados nos Orçamentos, onde as verbas a utilizar em prol dos Munícipes são canalizadas para projetos acessórios e onde, inclusive, se não fosse o voto contra do PSD/M, se teria aumentado a carga fiscal para as nossas famílias e empresas”.

Do ponto de vista orçamental, o PSD/M “mantém a sua posição, não cede a chantagens e não vai aprovar Orçamentos que não favorecem nem as pessoas nem o desenvolvimento local”,salienta José Prada, frisando que não é culpa do PSD/M a “má execução e gestão financeira dos mesmos”.

“Aliás, como é que se pode falar em constrangimentos financeiros na Câmara do Funchal quando esta tem, ao seu dispor, um vasto leque de fontes de financiamento que nem utiliza? Como é que se pode falar em asfixia financeira num Município que termina ano após ano com lucro, lucro esse que, desde 2014, e à custa de todos nós, munícipes, atinge os 20 milhões de euros? Como é que a culpa é do PSD/M ou do Governo Regional quando esta autarquia tem candidaturas aprovadas a fundos comunitários com baixíssimas taxas de execução e tem projetos estruturantes com apoios financeiros garantidos do Governo Regional aos quais nem sequer apresenta candidaturas? Será culpa do PSD/M o facto desta autarquia ter contratado, em 2016, um empréstimo financiamento de 10 milhões de euros, dos quais usou apenas 5 milhões, tendo “desperdiçado” os outros 5 milhões?”, questiona o secretário-geral do PSD.

No caso da Ponta do Sol, “será que também é culpa do PSD/M o facto desta autarquia não ter uma obra, uma intervenção consistente ao longo de todo o mandato e ter preferido explicar, à comunicação social, os fundamentos que não colocou à disposição da vereação social-democrata para a aprovação do Orçamento?”, pergunta José Prada, salientando que o PSD não fechou a hipótese de vir a viabilizar qualquer empréstimo, desde que bem fundamentado, alertando para a existência de verbas no Executivo, na ordem dos 3.190 mil euros, aos quais se juntam as transferências do Estado para 2020, sugerindo que fossem usados os recursos disponíveis.

O que está em causa nos Municípios liderados pelo PS local, não é uma asfixia financeira, mas sim, uma “total incapacidade em utilizar bem os muitos recursos que têm disponíveis”, acusa José Prada, explicando que tais atitudes merecem o “voto contra do PSD/M”.