Madeira

Presidente do parlamento dá a ‘receita’ para ter um “Norte da Madeira pujante”

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O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, defendeu, hoje, na freguesia da Ilha, a criação de um programa para travar a desertificação populacional e promover o desenvolvimento da costa Norte da Madeira. A proposta foi apresentada no encerramento dos ‘25 anos da Semana Cultural da Ilha’.

A ideia de Rodrigues para um “Norte pujante” passa pela implementação de um programa para a coesão territorial da Região que “afirme o Norte pela positiva”, no que deve ser um projecto conjunto de várias entidades - Estado, Governo Regional, câmaras municipais, associações de desenvolvimento local, associações empresariais, instituições de solidariedade social, escolas, paróquias, casas do povo – e numa “missão de valorização dos seus recursos associados ao ambiente, à agricultura e ao turismo”. “Esta é uma minha preocupação de muitos anos que continuará muito presente nas funções que agora desempenho”, acrescentou. No entender do mesmo político, o Estado Português e a Região devem dar o exemplo, mantendo “serviços públicos de qualidade nestas zonas” e reduzindo “custos de contexto naturalmente superiores aos praticados no sul”, de modo a atrair investimento privado e empresas para os três concelhos da costa Norte.

De resto, lembrou que, nos projectos com fundos da UE, o Governo Regional vai majorar em 15% os investimentos que forem realizados pelas empresas do Porto Moniz, S. Vicente e Santana, os apoios serão maiores para a criação de empego pelas empresas de zonas de menor densidade populacional e o IRC vai baixar para 12%. José Manuel Rodrigues incentivou ainda o município e o Governo a lançarem medidas de apoio ao retorno às suas origens dos jovens emigrados, concedendo-lhes condições para construírem as suas residências, terem emprego e aqui fazerem a sua vida.

O presidente do parlamento espera “que o Norte deixe de ser o melhor local de passagem para os madeirenses e para os turistas, e daí a necessidade de incentivar a criação de pacotes mistos com dias de férias no Sul e no Norte para o aparecimento de novas unidades de agroturismo, pois aqui está a alavanca para a recuperação da agricultura e o escoamento de muitas produções, também por via da restauração e da valorização das gastronomias locais”. Também será decisivo apostar na segurança e mais-valias das levadas e dos percursos de montanha. Por outro lado, as escolas têm de ter “um ensino mais direccionado para estas áreas e é preciso criar um calendário de eventos culturais e desportivos mais intenso para atrair turismo interno e dinamizar o comércio e as actividades artesanais”.