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Santa Cruz assinalou Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres

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A Câmara Municipal de Santa Cruz assinalou hoje, através do Conselho Municipal para a Igualdade, o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, através de uma iniciativa que decorreu na Escola Secundária de Santa Cruz.

Na ocasião, a vereadora Élia Ascensão recordou os números da violência doméstica e sublinhou a importância da efeméride, tendo estacado ainda a relevância de assinalar este dia numa escola secundária, junto dos alunos que começam as suas relações amorosas.

O momento serviu ainda para “delinear aquilo que aceitamos ou não como natural no quadro de uma relação amorosa”.

Élia Ascensão advertiu para a importância de aprender cedo que “o amor não é dominar o outro, não é um sentimento de posse, não é bater porque se gosta muito, porque se tem ciúmes, porque se é homem ou mulher, nem é controlar, ou dominar. O amor é outra coisa e nunca, mas nunca, deve matar, fazer sofrer ou ser dominância física porque se é mais forte, porque se é homem, porque se é mulher”, vincou.

A vereadora realçou ainda a importância de se debater estes temas e estabelecer o que é aceitável ou não no plano das relações humanas e no plano das relações amorosas.

“Fixem bem isto: todas as relações, sejam amorosas, de amizade, laborais, ou em contexto de escola, devem estar alicerçadas no respeito mútuo, na igualdade, na partilha entre iguais e não no domínio de um sobre o outro, não nas ideias feitas de que as mulheres devem obedecer aos homens, de que as mulheres são pertença dos homens, de que as mulheres, de alguma forma, devem sujeitar-se a serem menos, a serem a parte mais fraca de uma equação, a serem a parte dominada”.

Outra ideia deixada pela Vereadora prende-se com a sexualidade de cada um, considerando que não há nada que explique ou que torne aceitável que relações entre seres humanos sejam ditadas por razão de diferença entre sexos. “É a nossa humanidade e não a nossa sexualidade que deve orientar a forma como nos relacionamos. E, como seres humanos, devemos ser respeitados como iguais”, destacou.

A iniciativa contou ainda com a presença da conselheira para a igualdade, Júlia Caré.