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A Madeira está melhor

A meses do encerramento deste ciclo governativo, é notório que a Região esteve à altura dos desafios e que conseguiu, uma vez mais, afirmar a singularidade que caracteriza este povo determinado e sabedor

A dialética político-partidária, frequentemente influenciada pela conveniência particular e por opção tática, não facilita enaltecer as conquistas que beneficiam toda a população, privilegiando aquilo que não faz da política um serviço pelo povo.

Felizmente, a consciência coloca-se bem acima dessa utilização tendenciosa e permite que a população da Região consiga, também com recurso à comparação, no tempo e com outros, produzir um julgamento que corresponde à evolução que se tem sentido.

A Região aproveitou muito bem o ciclo de recuperação face ao atraso estrutural que a caracterizava aquando da integração de Portugal na União Europeia. Resultou desse esforço, concentrado em forte investimento público, com evidente melhoria da qualidade de vida da população, a acumulação de responsabilidades a cumprir no futuro. Nada de anormal, comum a qualquer família que opte por acumular investimento visando o seu próprio bem estar. Neste caso, multiplicado pela dimensão do interesse comum.

Ao atual Governo coube a responsabilidade da saída de um Plano de Ajustamento que resultou de uma correção, também, imposta ao País quando este revelou manifesta incapacidade de resposta face aos compromissos assumidos.

O desafio apresentou-se grande e gerou uma motivação adicional que permitiu a evolução sustentada sentida na Região Autónoma da Madeira.

As nossas contas públicas apresentam-se equilibradas, sem qualquer reparo por parte do Tribunal de Contas, com superavits sucessivos e capazes para a recuperação da nossa credibilidade externa. As contas da Região constituem, sem qualquer hesitação, um verdadeiro exemplo nacional e mesmo europeu.

A dívida regional, ao contrário da dívida nacional que bate sucessivos recordes de valor, tem vindo a ser, permanentemente, diminuída, honrando-se a plenitude das condições subscritas.

A dinamização económica foi conseguida em ambas as ilhas habitadas destes território insular. Existem mais empresas, mais emprego, maior rendimento disponível das famílias, maior poupança, mais investimento e maior consumo.

O tecido empresarial tem beneficiado de um conjunto alargado de apoios dos sistemas de incentivos ao investimento, ao financiamento e ao funcionamento que se revela adequado, com grande procura e relevante no impacto económico e social, beneficiando, também, do efeito do alívio da carga fiscal concretizado pela governação regional.

O emprego mereceu redobrada atenção. A Região apresenta uma taxa de desemprego que é a mais baixa deste 2012. Os vários programas concebidos e desenvolvidos revelam-se apetecíveis e produzem os resultados desejados.

As acessibilidades externas estão melhoradas. Passamos a dispor de ligação marítima ao continente, unicamente suportada pelo Orçamento Regional. Existem mais e melhores ligações aéreas que servem a Madeira e o Porto Santo. No que respeita às comunicações, decorre o investimento num novo cabo submarino que permitirá menor custo de utilização.

Todas estas são conquistas dos madeirenses e portossantenses mas resultam, exclusivamente, da estratégia definida pelo Governo Regional e das apostas que fazem distinguir o PSD-Madeira da restante realidade partidária.

As escolhas foram feitas, o trabalho foi desenvolvido e, a meses do encerramento deste ciclo governativo, é notório que a Região esteve à altura dos desafios e que conseguiu, uma vez mais, afirmar a singularidade que caracteriza este povo determinado e sabedor.

Deve, por isso, imperar uma lógica de avaliação objetiva dos acontecimentos, não permeável à propaganda mal intencionada e à contagem dos abundantes de “likes” que são estimulados por uma realidade artificial que tem na essência tudo, menos o interesse coletivo e a afirmação da nossa, tão necessária, autonomia.