Madeira

Greve dos técnicos de diagnóstico regista adesão de 70% na Madeira

None

A greve dos técnicos de diagnóstico e terapêutica regista uma adesão de 70% no Hospital Central do Funchal, indicou hoje o sindicato do sector, numa altura em que o Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM) ainda não divulgou números.

“A adesão é boa, superior a 70%, mas estão salvaguardados os serviços mínimos”, disse à agência Lusa Ricardo Freitas, do Sindicato dos Trabalhadores a Administração Pública, vincando que a percentagem de grevistas se refere a um universo de cerca de 200 profissionais na região autónoma.

O SESARAM emitiu, entretanto, um comunicado alertando os utentes para a greve dos técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica, que teve inicio hoje e decorre em todo o território nacional durante dois dias.

As autoridades regionais asseguram que todas as situações urgentes serão atendidas e os serviços mínimos salvaguardados, mas advertem para condicionamentos ao nível das ciências biomédicas laboratoriais, da imagem médica e da radioterapia, da fisiologia clínica, da terapia e reabilitação, da visão, da audição, da saúde oral, da farmácia e da saúde pública.

“O sindicato lamenta os transtornos que a greve possa provocar aos utentes, mas o objectivo é salvaguardar os interesses dos profissionais e, deste modo, garantir uma melhor assistência aos utentes”, afirmou Ricardo Freitas, vincando a falta de acordo com o Governo sobre matérias relativas às tabelas salariais, transições para nova carreira e sistema de avaliação.

A greve é convocada pelas quatro estruturas sindicais que representam os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, sendo que a paralisação deve afectar análises clínicas, meios complementares de diagnóstico e alguns tratamentos.

Os sindicatos alegam que a tabela salarial imposta pelo Governo faz com que cerca de 90% dos técnicos permaneçam na base da carreira toda a sua vida profissional. Além disso, dizem que o sistema de avaliação imposto prolonga a estagnação salarial por mais 10 anos.

Argumentam ainda que o Governo violou o acordo firmado com os sindicatos, reduzindo a quota dos que atingem o topo da carreira em 50%.