O PS rejeita as críticas de Miguel Albuquerque e responde ao presidente do Governo Regional, acusando-o de usar as declarações do primeiro-ministro para criar uma “cisão” com o Governo da República. Acusa-o ainda de transferir para a República as suas responsabilidades e de usar as palavras proferidas por António Costa no debate quinzenal na Assembleia da República, onde o primeiro-ministro assumiu que o défice orçamental da Região em 2017 tinha sido uma surpresa e que agravou o défice das contas do País, para esconder a incompetência e incapacidade de resolução dos problemas que afectam os madeirenses. Em conferência de imprensa esta manhã, o secretário-geral do partido na Madeira, João Pedro Vieira, referindo a manchete da edição de hoje do DIÁRIO, voltou a colocar ‘o dedo na ferida’ na questão das listas de espera que aumentaram, e ainda no novo hospital, no ferry e na perda de turistas do mercado alemão e o Reino Unido.

“Ultimamente temos assistido a um conjunto infeliz de declarações do Sr. presidente do Governo Regional e também de outros membros do Governo Regional que têm um único objectivo, o de criar uma cisão artificial entre o Governo Regional e o Governo da República”, acusou. “Essa criação de fábula pretende sobretudo um objectivo muito claro, que é o de enganar os madeirenses, e dessa forma disfarçar as incompetências e as incongruências da actuação política do nosso Governo Regional”.

As listas de espera voltaram a crescer, “5% de um semestre para o outro e temos hoje 17 mil madeirenses, cerca de 10% da nossa população, a aguardar por uma cirurgia. Essa é a prova de que a falência da nossa política, a falência das opções está no Governo Regional e na forma incompetente como tem gerido os processos e os destinos da Região”. A falta de medicamentos, de material técnico, de recursos humanos também foram referidos.

Está na hora, disse, de os madeirenses questionarem o Governo de Miguel Albuquerque sobre se está em condições ou não de garantir o ferry a navegar entre a Madeira e o continente ainda este ano, um novo hospital e em que condições, e de proteger o mercado do turismo.

A crítica de António Costa, é a crítica dos madeirenses, disse. À questão se foi o local e o momento para falar do endividamento da Madeira, João Pedro Vieira não respondeu, optando por dizer que todos no Partido Socialista estão interessados em resolver os problemas dos madeirenses. “A crítica não é feita aos madeirenses, a crítica que é feita, e que é a mesma crítica que é feita neste momento por todos os madeirenses, é ao Governo Regional e à incapacidade do Governo Regional em resolver os problemas”, referiu.