Madeira

Enfermeiros convidados a se especializarem para ganharem mais

Ana Fonseca, presidente do Conselho de Enfermagem, e Luís Barreira, vice-presidente da Ordem dos Enfermeiros.
Ana Fonseca, presidente do Conselho de Enfermagem, e Luís Barreira, vice-presidente da Ordem dos Enfermeiros.

Perto de centena e meia de enfermeiros participaram na conferência que a Ordem dos Enfermeiros organizou, esta manhã, numa unidade hoteleira do Funchal, para a abordar a nova regulamentação que abrange a profissão e que prevê novas áreas de especialização e de competências. Determinados cargos, funções e responsabilidades passam a estar reservados a quem adquire formação e competências específicas e o que se pretende, também, é que essa especialização tenha reflexos remuneratórios.

“À Ordem compete regular o exercício [da profissão] e aos sindicatos compete lutar pelas questões remuneratórias. De qualquer forma, não podemos dissociar uma coisa da outra. Fizemos reuniões com os sindicatos a explicar qual o desenvolvimento da profissão, no sentido de eles agora, nas negociações da carreira, conseguirem junto do Governo incorporar já estas alterações para que os enfermeiros não tenham de fazer mais formação, mais gastos e depois não verem isso revertido em termos de remuneração”, avançou o vice-presidente da Ordem, Luís Barreira, que foi orador na conferência

A nova metodologia da atribuição do título de enfermeiro especialista contempla Cuidados Paliativos, Perioperatório e Saúde Familiar como novas áreas de especialidade. “São novas áreas de especialidade que se impõem hoje para o desenvolvimento da profissão mas também porque as pessoas têm o direito a serem cuidadas por enfermeiros especialistas e isso para nós é muitíssimo importante. A própria lei impõe que nas unidades de saúde familiar quem presta cuidados são enfermeiros especialistas em saúde familiar“, exemplificou Luís Barreira.

Por outro lado, a Ordem está a definir as áreas de competência acrescida. Em determinados contextos e práticas mais avançadas só determinados grupos de enfermeiros têm competência para os fazer. “A Ordem já definiu o perfil de competências do enfermeiro gestor. Um enfermeiro hoje para poder ser responsável de gestão do serviço deve ter esta competência acrescida atribuída pela Ordem”, voltou a exemplificar o mesmo responsável, que, juntamente com Ana Fonseca, presidente do Conselho de Enfermagem, foi interveniente na conferência desta manhã.