Madeira

“Se as pessoas não aparecerem em massa é mais difícil criar pressão política junto dos agentes”

Porta-voz dos lesados do BANIF apela a mobilização

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A Associação Lesados do BANIF (ALBOA) concentra-se esta quinta-feira, a partir das 13 horas, no Centro de Congressos da Madeira, onde estará o Presidente da República, para mostrar que “é preciso criar uma solução urgente porque as pessoas estão cada vez mais desesperadas”. Daniel Caires, da ALBOA, lembra que existem “cerca de 800 famílias directamente afectadas na Madeira, o que corresponde a um agregado familiar de 2.400 pessoas”, mas sublinha também que os Açores são a Região mais afectada pelo problema dos lesados do BANIF, com cerca de “1000 famílias afectadas directamente”.

Além de Marcelo Rebelo de Sousa, a 46.ª Assembleia-Geral da Conferência das Regiões Periféricas e Marítimas da Europa (CRPM) - onde, entre vários temas, se analisam assuntos relacionados com o futuro da Europa - conta também com o Presidente da Região Autónoma dos Açores, Vasco Cordeiro (que também é o presidente deste encontro), com o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, com o Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, com representante da Presidência Austríaca do Conselho da União Europeia, o embaixador Robert Zischg, entre vários representantes da Comissão Europeia.

Daniel Caires vinca que “é preciso mostrar a quem, supostamente, nos representa e nos defende, que estas pessoas tinham o seu dinheiro em poupanças, e que acreditaram num banco que era do Estado. E, de repente, o Estado não precaveu e não defendeu o dinheiro destas pessoas no dia 20 de Dezembro de 2015”. Por isso, o representante da ALBOA apela à participação: “Se não houver pressão, se as pessoas não aparecerem em massa é mais difícil criar pressão política junto dos agentes. Se aparecermos as mesmas 50 ou 60 pessoas, é difícil mostrar uma acção taxativa contra tudo isto que está a acontecer “, remata.

A ALBOA, garante Caires, tem tido reuniões com “várias patentes nacionais”, como o Governo Regional, o Governo da República, a CMVM: “Estamos à procura de uma solução, infelizmente não temos nada em concreto”.