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Alentejo tem “potencial enorme” para turismo, diz secretário-geral da OMT

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O novo secretário-geral da Organização Mundial de Turismo (OMT), Zurab Pololikashvili, elogiou hoje o “potencial enorme” do Alentejo neste setor e considerou que o Observatório de Turismo Sustentável vai dar “mais visibilidade” à região.

“O Alentejo tem um potencial enorme para desenvolver o turismo e o observatório vai servir para melhorar a qualidade e quantidade de visitantes” na região, destacou.

Segundo o responsável, que falava aos jornalistas em Évora, o Observatório de Turismo Sustentável do Alentejo, projeto que tem a chancela da OMT e é o primeiro em Portugal e o segundo na Europa (o outro fica na Grécia), vai dar “mais visibilidade” à região.

“Dá a possibilidade de identificar as necessidades de turistas que vão chegar à região e, identificando as necessidades, a quantidade e a qualidade dos turistas vai aumentar”, frisou Zurab Pololikashvili.

O novo responsável pela OMT está a realizar uma visita a Portugal e o dia de hoje foi dedicado ao Alentejo, com deslocações a vários concelhos da região.

Depois de passar por Castro Verde (Beja), território que é Reserva da Biosfera da UNESCO, o georgiano deslocou-se até Évora, para uma cerimónia, na universidade local, de Entrega da Carta de Adesão do Observatório de Turismo Sustentável do Alentejo à Rede Internacional da OMT de Observatórios de Turismo Sustentável.

O Alentejo vai ser a primeira região do país a criar um Observatório de Turismo Sustentável para monitorizar a atividade turística e o impacto social e ambiental do setor.

O projeto envolve a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, o Turismo de Portugal, a Universidade de Évora e os institutos politécnicos de Portalegre e Santarém.

Para a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, que acompanhou a visita do responsável da OMT, trata-se de “um projeto fundamental para dar corpo à estratégia” do Governo para o setor nos próximos 10 anos.

Realçando ser importante “a avaliação do desenvolvimento turístico que está a acontecer nas várias regiões”, a governante revelou que, além do projeto do Alentejo, vão avançar observatórios semelhantes pelo país.

“O Alentejo foi o primeiro que avançou com o observatório e, neste momento, é o segundo a aparecer na Europa, o que é fantástico”, mas, ao mesmo tempo, “estamos a trabalhar com as outras regiões para termos uma rede de observatórios regionais”, disse.

Esta rede, que deverá estar criada “até ao final do ano”, vai permitir uma “leitura global do país” para garantir que é possível “antecipar tendências, medir a evolução da procura nos vários territórios, ir medindo o impacto que a procura tem, sempre com o objetivo de que, cada vez mais, o turismo deixe valor acrescentado nas regiões”, explicou.

O presidente da Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva, explicou que o projeto do observatório da região iniciou-se “há dois anos e meio” e que, em dezembro passado, a OMT aprovou a inclusão na sua rede internacional, pelo que “agora é que se vai iniciar o trabalho no terreno”.

Em articulação com a Universidade de Évora, onde fica sediado o observatório, e com os institutos politécnicos, explicou, vão ser desenvolvidos inquéritos, estudos de opinião, sondagens e análise técnica sobre a sustentabilidade do turismo na região.

“O que é que nós queremos? Saber de que forma é que a comunidade reage ao turismo, como é que os cidadãos veem o turismo, de que forma contribui para o desenvolvimento local e para as dinâmicas de desenvolvimento das populações”, indicou.

Além de Castro Verde, onde assistiu à apresentação do projeto da Reserva da Biosfera da UNESCO, e de Évora, onde visitou também uma unidade turística, o secretário-geral da OMT deslocou-se ainda a Reguengos de Monsaraz (Évora) para conhecer, entre outras potencialidades, o Centro Oleiro de S. Pedro do Corval e a vila e a praia fluvial de Monsaraz.