Madeira

“Governo Regional não avança com o novo Hospital por manifesta incapacidade”

Câmara Municipal do Funchal lembra que já iniciou um plano de urbanização para a zona de Santa Rita

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A Câmara Municipal do Funchal (CMF) considera que o projecto do novo hospital não avança por “manifesta incapacidade” do Governo Regional da Madeira.

O vereador com o pelouro do Ordenamento do Território na CMF reagiu, em comunicado, às afirmações do secretário regional das Infraestruturas e Equipamentos, Amílcar Gonçalves, no JM, alegando que o novo Plano Director Municipal do Funchal está a condicionar a construção do novo Hospital.

Sobre as subsequentes ameaças de suspensão parcial do PDM por parte da SRIE, a autarquia funchalense considera que “está à vista de todos que o Governo Regional não avança com o novo Hospital, por manifesta incapacidade. Primeiro a culpa era de Lisboa, agora é do novo PDM e, no futuro, os culpados serão, porventura, os doentes, por continuarem a adoecer”.

Na nota de imprensa, o vereador Bruno Martins, afirma que “é totalmente falso que o novo PDM condicione a construção do novo hospital, o qual, no que diz respeito à Câmara Municipal do Funchal, podia começar a ser construído já amanhã”. Explica que o novo PDM não só acolhe e integra todas as medidas preventivas que se exigem para este novo equipamento, como vai mais longe, e ajusta o seu modelo de ordenamento e o programa de execução ao novo Hospital.

“A Câmara Municipal do Funchal, no sentido de prevenir a habitual inoperância por parte do Governo Regional, já iniciou um plano de urbanização para a zona em questão, no qual se inclui obviamente o novo hospital, e que ficará concluído até ao final do ano de 2018 e, portanto, muito antes de sequer ser lançada a primeira pedra”, esclarece o vereador. A construção do novo hospital não depende, contudo, da conclusão do referido plano de urbanização, o que torna ainda mais sofrível a posição pública assumida hoje pela SRIE, assinala o vereador.

A CMF reitera, ainda assim, que é “completamente contra qualquer suspensão do PDM”, recordando que foi “esse o expediente que viabilizou algumas das maiores irresponsabilidades urbanísticas da História da Madeira”.

Bruno Martins considera que “a SRIE devia ter noção, antes de avançar publicamente com este tipo de interpretações inócuas e ridículas, que não basta plantar um novo hospital no Funchal, sendo impreterível criar condições urbanísticas para todo o território envolvente, tanto ao nível dos acessos, como ao nível do edificado”.

Termina deixando claro que “o actual executivo municipal deseja a construção do novo Hospital, tanto como todos os madeirenses, conforme, aliás, já tinha sido referido em Reunião de Câmara. “Infelizmente, também já todos percebemos que o Governo Regional não será capaz de cumprir com as suas promessas, investindo, pelo contrário, neste tipo de terrorismo informativo, que só envergonha quem o pratica”, alude o vereador.