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Líderes religiosos oficiam cerimónia em Westminster

Cinco religiões cristãs, muçulmanas e judaicas uniram-se contra o medo, após a morte de cinco pessoas em Londres

Foto EPA/HANNAH MCKAY
Foto EPA/HANNAH MCKAY

Cinco líderes religiosos das comunidades cristã, muçulmana e judaica oficiaram hoje uma cerimónia na Abadia de Westminster para condenar o atentado de quarta-feira em Londres e mostrar unidade.

“Enviamos as nossas condolências às famílias dos que morreram, rezamos pelos que ficaram feridos e proclamamos que nenhuma pessoa ou acontecimento vai separar-nos. Juntos venceremos”, disse o rabi Ephraim Mirvis, chefe da congregação de hebreus da Commonwealth.

Mirvis oficiou a cerimónia ao lado dos arcebispos da Cantuária, Justin Welby, e de Westminster, Vincent Nichols, e dos imãs Ezzat Khalifa, da mesquita central de Londres, e Mohammad al-Hilli, em representação dos muçulmanos xiitas.

Welby disse-se “profundamente afetado” pela tragédia e salientou que “este é um momento de reflexão, mas também de determinação” contra o terrorismo.

Ezzat Khalifa condenou “o assassínio de inocentes” e recusou qualquer ligação entre o autor do ataque e o Islão, “que, como todas as religiões, apela para a paz, a coexistência e a tolerância”.

Al-Hilli condenou o “atroz ataque” e expressou condolências “às famílias das vítimas”.

E Nichols transmitiu uma mensagem do papa Francisco, enviada na quinta-feira, em que o chefe da Igreja Católica se declarou “profundamente entristecido” com o ataque e desejou “paz e bem-estar” ao povo britânico.

O ataque de quarta-feira foi atribuído pelas autoridades a um cidadão britânico de 52 anos, nascido em Kent (sudeste de Inglaterra) com o nome de Adrian Russel, que mudou para Khalid Masood quando se converteu ao islamismo.

Russel conduziu o automóvel a alta velocidade contra peões na ponte de Westminster, seguindo depois a pé para o parlamento onde esfaqueou mortalmente um agente da polícia, sendo abatido pelas forças de segurança.

Além do polícia esfaqueado, três transeuntes morreram no ataque, que fez cerca de 50 feridos.