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Incêndios consumiram 9.000 hectares só em três concelhos do Norte

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Os incêndios do último fim de semana consumiram perto de 9.000 hectares só em três concelhos do Norte, designadamente Braga, Vieira do Minho e Monção, tendo este último sido o mais fustigado pelas chamas, segundo balanços provisórios das autarquias.

Em Monção, o incêndio deflagrou pelas 20:20 de sábado e foi dado como extinto exatamente dois dias depois, tendo consumido mais de 6.000 mil hectares de floresta.

O presidente da Câmara cessante, Augusto Domingues, adiantou à Lusa que, entre os prejuízos resultantes do fogo, consta a destruição de uma primeira habitação em Merufe e de cerca de 35 a 40 estruturas, entre anexos, estábulos e outro tipo de edificações relacionadas com a atividade agrícola.

O fogo, acrescentou o autarca, matou ainda muitos animais e causou danos em várias estradas”, destacando-se a Estrada Nacional 202, no troço que atravessa a freguesia de Barbeita.

No último fim de semana, 20 freguesias de Monção foram afetadas por focos de incêndio, de menor ou maior intensidade”.

No mapa dos incêndios registados na região, destaca-se ainda Braga, concelho onde as chamas, além de 1.200 hectares de floresta, destruíram também por completo uma primeira habitação, uma oficina de automóveis com 10 viaturas no interior e uma fábrica de torneiras.

No total, estas duas unidades empregavam 18 trabalhadores.

O fogo lavrou com particular incidência no Monte da Falperra, situado nas imediações dos santuários do Bom Jesus e do Sameiro e considerado um dos principais “pulmões” da cidade.

Na noite de domingo, o arcebispo primaz de Braga, Jorge Ortiga, defendeu, via Facebook, ser “imperioso apurar responsabilidades e agir” para travar o flagelo dos incêndios.

“Portugal está a arder! Basta de discursos e boas intenções! É imperioso apurar responsabilidades e agir”, escreveu.

Em Vieira do Minho, terão desaparecido 1.700 hectares de floresta, tendo as chamas chegado à zona protegida da Serra da Cabreira.

Já em Guimarães, a área ardida estimada é de 200 hectares.

Em Vale de Cambra, outro dos concelhos do Norte mais fustigado pelos incêndios, o combate às chamas ficou marcado pelo capotamento de um carro de bombeiros, de que resultaram ferimentos para cinco soldados da paz.