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Primeiro café português de Manhattan abre hoje em Nova Iorque

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Frankie Portugal é o nome do primeiro café português em Manhattan, Nova Iorque, que abre hoje servindo vários produtos portugueses, com destaque para a pastelaria tradicional e receitas familiares.

“É um café pequeno, de serviço rápido, sem sentar. Estamos a usar um espaço pequeno para testar o conceito com pouco risco. Há um mercado enorme, não está saturado como Newark, mais ninguém tem estes produtos”, explicou à Lusa um dos sócios e autor da ideia, Joey Batista.

Batista, que é filho de imigrantes portugueses de Trás Os Montes, lançou no ano passado um negócio de pastelaria com receitas da mãe, Joey Bats Sweets, e foi o sucesso que encontrou que lhe deu a ideia para o café.

“Comecei por vender o bolo de bolacha da minha mãe para restaurantes e mercados em Manhattan. Este ano, comecei a vender pastéis de nata e outras sobremesas em varias regiões do nordeste americano e em mercados de rua em Manhattan. Vendi 65 mil pastéis no último ano”, diz.

O empresário diz que cresceu “a odiar pastéis de nata” e que muitos dos que encontra nos EUA “são maus, não são crocantes e têm gosto a limão.”

“Quando os comi em Lisboa, percebi que havia uma oportunidade para os vender frescos, tal como em Belém”, acrescenta.

Batista não tinha, no entanto, como fazer o investimento avultado necessário para abrir um espaço físico em Nova Iorque e procurou investidores. Foi assim que conheceu Francis Garcia, dono da rede de pizarias Artichoke Pizza, com 11 restaurantes em Nova Iorque e um em Miami, na Flórida.

Garcia é neto de um português e o nome do café é uma homenagem a esse avô e ao seu pai, ambos chamados Francisco.

O restaurante fica no bairro de Chelsea, na Rua 17, entre uma das pizarias de Garcia e a discoteca 1 Oak.

Batista diz que vende muitas das suas sobremesas na comunidade portuguesa, mas que pretende vender para todo o mercado americano.

“O meu objectivo é servir boa comida a toda a gente. Não percebo porque os portugueses se focam sempre nos outros portugueses. Sendo luso-americano, e conhecendo bem as duas culturas, estou numa boa posição para o fazer”, diz.

Batista diz que neste momento “toda a gente vai a Lisboa, Nova Iorque está cheio de especialistas em Lisboa” e que por isso esta é a altura certa para investir num espaço como este.

“Vamos ter café português, pastéis de nata, diferentes pães. Mas também vamos experimentar com algumas receitas da minha mãe, como bolo de bolacha, serradura, baba de camelo, torta de laranja”, explica.

Batista diz que o seu objectivo, e dos investidores, é garantir o sucesso deste primeiro espaço e depois expandir para outras zonas da cidade.

“Tenho muito orgulho da nossa história e quero partilha-la com toda a gente”, explica o luso-americano.