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Presidente do Sudão do Sul assegura assinatura de acordo de paz no domingo

Foto REUTERS/Mohamed Nureldin Abdallah
Foto REUTERS/Mohamed Nureldin Abdallah

O Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, assegurou hoje que vai assinar o acordo de paz com a oposição armada no dia 05 de agosto na capital sudanesa, Cartum.

O Presidente compromete-se assim a assinar o acordo, ação adiada por duas vezes em julho.

Em declarações à imprensa após uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) do Sudão, Al Darderi Mohamed Ahmed, Kiir apontou que está comprometido em cumprir o acordo.

“Este pacto é diferente do assinado em 2015, porque na altura estávamos reticentes”, assinalou Kiir, referindo-se ao acordo fechado em agosto desse ano em Adis Abeba, Etiópia, que nunca chegou a ser aplicado na totalidade.

De acordo com chefe de Estado, o acordo foi “imposto” ao país, que não teve oportunidade de “refletir o ponto de vista” da sua fação, o que levou a problemas quando o tentaram colocar em prática.

O Presidente sul-sudanês especificou que não vai assinar o acordo por “medo da pressão” dos mediadores e da comunidade internacional, mas por acreditar que é “o mais certo a fazer”.

Em 25 de julho, o Governo do Sudão do Sul e os principais grupos da oposição assinaram, em Cartum, um acordo preliminar para a distribuição do poder, um dos assuntos menos consensuais, e concordaram em alguns pontos relativos às forças no terreno, apoiando a unificação dos soldados de ambos os lados sob um único comando militar.

O Sudão tem sido um dos principais mediadores nas conversas entre o Governo e a oposição armada do país vizinho.

O MNE do Sudão viajou hoje até Juba, capital do Sudão do Sul, para as últimas negociações antes da assinatura do acordo, que introduz alterações ao pacto de agosto de 2015 e que entrou em colapso em julho de 2016, quando a violência entre as duas partes recomeçou.

A guerra civil no Sudão do Sul começou em dezembro de 2013, dois anos após a independência do país, e opõe as forças leais a Kiir e as leais ao então vice-Presidente, Riek Machar.