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Dissidentes do PAIGC criam Movimento para Alternância Democrática na Guiné-Bissau

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Os dissidentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) criaram hoje o Movimento para a Alternância Democrática (MAD) com o qual prometem ir às eleições coligados com outras formações políticas.

O movimento é integrado pelo grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC e seus apoiantes.

Braima Camará, coordenador do grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC, defendeu que o MAD “está aberto” para estabelecer coligações “com toda gente” e elegeu o Partido da Renovação Social (PRS) como possível parceiro para as eleições legislativas marcadas para 18 de novembro.

No seu discurso de encerramento de uma convenção que juntou hoje em Bissau cerca de 600 apoiantes do grupo dos 15, Braima Camará afirmou, por diversas vezes, que “o PRS é o dono do grupo dos 15”.

Depois explicou que se estava a referir aos apoios que aqueles deputados receberam por parte do PRS quando o PAIGC os quis expulsar do parlamento, devido às divergências com a direção do partido.

Braima Camará garantiu que o seu grupo está “profundamente agradecido ao PRS”.

Camará disse estarem fora de questão quaisquer entendimentos com o PAIGC no âmbito das próximas eleições legislativas.

“Estamos abertos para falar, negociar, dialogar com um conjunto de partidos com os quais partilhamos os mesmos valores democráticos”, afirmou Braima Camará para quem a Guiné-Bissau “precisa de um novo ciclo”.