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Detidos seis funcionários da petrolífera estatal venezuelana por “barco fantasma”

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Seis funcionários da empresa estatal Petróleos de Venezuela SA (PDVSA) foram detidos na sequência de uma investigação sobre corrupção, que envolve o “barco fantasma” Petro Saudi Saturn, anunciaram hoje autoridades venezuelanas.

As detenções foram confirmadas pelo procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte, Tarek William Saab, durante uma conferência de imprensa em Caracas, durante a qual precisou que os detidos estão envolvidos em cobranças irregulares num caso de aluguer de um barco para exploração de petróleo a uma empresa que, embora registada num paraíso fiscal, não tem atividade.

“Foi paga uma taxa (de aluguer) diária de 460.888,70 dólares (390.583,64 euros), quando no mercado internacional as melhores embarcações, recém construídas e de alta tecnologia, tinham uma taxa diária máxima de 350.000 dólares (296.610,16 euros)”, disse.

Segundo Tarek William Saab, foram detidos Romer António Valdez Prieto, presidente da Pdvsa Serviços, SA, e os diretores da empresa Jesus Figueroa, Lioner Valdez, Adelso Molero e Elias Beltrán.

“O valor total do contrato de aluguer, por sete anos, foi de quase 1,18 mil milhões de dólares (quase 1 mil milhões de euros), pagos mesmo se o barco não trabalhasse. Se o barco funcionasse o valor total a pagar seria de 1,3 mil milhões de dólares (1,10 mil milhões de euros)”, disse.

Segundo o procurador houve ainda uma outra irregularidade, a duração do contrato, que não deveria exceder os três anos.

Nas últimas semanas as autoridades venezuelanas detiveram quase 70 funcionários da PDVSA, vários deles de alto rango, por alega corrupção.