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Assinantes digitais do New York Times vão superar 4 milhões em breve

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O jornal The New York Times vai superar em breve o limiar dos quatro milhões de assinantes, afirmou hoje o seu presidente executivo, mas os investidores estão preocupados com a diminuição da velocidade do seu crescimento.

No segundo trimestre, o grupo acrescentou 109 mil assinantes líquidos às suas edições exclusivamente digitais.

No final de junho, o diário de referência nova-iorquino contava 2,89 milhões de assinantes digitais e 3,8 milhões no total, incluindo os que só recebem a edição impressa.

Desde o fim de 2016, depois da campanha eleitoral presidencial, um período próspero para a publicação, o New York Times ganhou cerca de um milhão de assinantes.

“Vamos passar em breve o limiar de três milhões de assinantes digitais e quatro milhões no total”, indicou Mark Thompson, durante uma conferência telefónica para apresentação de resultados.

Mas os investidores retiveram sobretudo a diminuição do ritmo de crescimento dos assinantes digitais, depois de uma subida de 139 mil no primeiro trimestre e 157 mil nos três últimos meses de 2017.

Esta diminuição penalizou o título, que estava a perder 5,86% às 19.20 de Lisboa, quando a praça nova-iorquina recuava 0,13%.

Thompson reconheceu que o ganho era “inferior ao que se viu nos últimos trimestres, mas sensivelmente superior à média dos segundos trimestres”.

Indicou ainda que esta diminuição era devido, em parte, à redução do investimento em marketing na rede social Facebook, devido ao contencioso, que está em vias de resolução, com esta empresa.

As receitas das assinaturas representaram no segundo trimestre 62,8% do volume de negócios, acima da metade (50,5%) que registavam há cinco anos.

“Continuamos a pensar que existe uma via significativa para fazer crescer sensivelmente esta base”, declarou Thompson.

Esta progressão compensou, em parte, a descida das receitas publicitárias.

O volume de negócios relativo às assinaturas subiu 4,2% em relação às de um ano, ao passo que as receitas de publicidade desceram 9,9%.

Esta descida das receitas de publicidade atinge mesmo os 42% quando se compara com os valores de 2013.

Mesmo as receitas da publicidade em linha, habitual motor de crescimento, recuaram 7,5% em relação ao mesmo período de 2017.

No total, o volume de negócios subiu 4,2% em relação ao mesmo período do ano passado, para os 414 milhões de dólares (356 milhões de euros).

O resultado líquido foi de 23 milhões de dólares, uma subida de 51%, variação atribuída a um efeito de base, uma vez que em 2017 tinha havido uma série de custos provocados por um plano de saída de trabalhadores.