A presidente da Administração do SESARAM alertou, esta sexta-feira, para as “grandes carências de recursos humanos” que existem no Serviço Regional de Saúde.

Durante a cerimónia de regularização da situação profissional de 105 (ex) precários do Serviço de Saúde, hoje no Hospital Dr. Nélio Mendonça, Tomásia Alves começou por dizer: “A contratação de trabalhadores em regime de prestação de serviços acontece quando não temos capacidade de dar uma resposta dentro dos recursos internos. Era bom que isto nunca mais voltasse a acontecer, significava que tínhamos o número de recursos suficientes para garantir a qualidade dos serviços”. A presidente dirigiu-se, então, para Miguel Albuquerque, também presente na sessão: “Infelizmente sr. Presidente, não é isso que acontece. Continuamos com grandes carências de recursos humanos”.

Tomásia Alves apontou que, em 2014, a redução das 40 para 35 horas semanais “representou uma grande conquista para os trabalhadores, para todos nós”, mas advertiu que a medida pede “um reforço correspondente à admissão de novos trabalhadores”.

A presidente da Administração do SESARAM sublinhou ainda a pirâmide etária dos trabalhadores de “três grandes grupos profissionais com maior peso no SESARAM”. Revelou Tomásia Alves:

43% dos médicos têm mais de 50 anos; 60% dos enfermeiros têm entre 35 e 45; 66% dos assistentes operacionais têm mais de 55 anos.

Como pontos positivos, a presidente do SESARAM mencionou o processo mais rápido de recrutamento de médicos e a contratação de enfermeiros e de assistentes operacionais, ambas em fase final: “Significa que se está a mudar o paradigma”, rematou.