Madeira

PTP apresenta voto de protesto pelo encerramento das lojas dos CTT

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Em nota enviada às redacções, o Partido Trabalhista Português vem contestar o encerramento de dois balcões dos CTT na Região.

“Os Correios de Portugal nunca deveriam ter sido privatizados. A coligação PSD/CDS, que governou o país, no cumprimento da sua visão ideológica de “menos Estado, melhor Estado”. Privatizaram um serviço com 500 anos de existência. Uma empresa que dá lucro e que presta um serviço inestimável às populações de todo o país, cumpre uma função social que só com a gestão pública é possível.

Uma vez nas mãos dos privados, o lucro passou a ser o principal objectivo dos CTT, originando, inevitavelmente, a degradação dos serviços prestados. Estando os resultados à vista: desmantelamento de postos de trabalho, centenas de marcos de correio foram retirados das ruas, assim como, inúmeras estações de correio encerradas por todo o país. Só na Madeira já fecharam os balcões do Porto da Cruz, Canhas, Ponta Delgada, São Gonçalo, Livramento, Caniçal, Camacha e Aeroporto, tendo sido anunciado, recentemente, no âmbito de um novo plano de reestruturação - o encerramento da loja das Madalenas em Santo António, Funchal e do Arco da Calheta, o que consideramos uma decisão ilegítima da gestão privada dos CTT.

Com efeito, todas estas medidas têm-se revelado extremamente lesivas às populações, tornando o atendimento lento e moroso, nos balcões em funcionamento. As filas prolongam-se para o exterior do edifício, que na falta de alternativa (uma vez que as suas competências, no sector postal, conferem-lhe o estatuto de monopólio natural) têm de aguardar em média 30 minutos para ser atendidos.

A privatização dos CTT, fez parte do programa do Governo PSD/CDS, sendo uma das medidas previstas no programa de ajustamento acertado com a Troika, que permitiu ao Estado arrecadar 909 milhões de euros para abater a dívida pública. Porém, aquilo que recebeu não compensou o que perdeu em dividendos, colidindo frontalmente com o interesse público.

Perante o exposto, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, em defesa das populações protesta pelo encerramento de lojas CTT na RAM”.