O PCP realizou hoje, no Funchal, uma jornada de contacto com as populações para apresentar a proposta de aumento do Salário Mínimo Nacional para 600 euros já em Janeiro de 2018.

“Para o PCP o aumento do salário mínimo nacional é imperioso, por razões de justiça social e de uma mais justa distribuição da riqueza, mas também por razões de carácter económico, uma vez que assume especial importância no aumento do poder de compra, na dinamização da economia e do mercado interno”, afirmou na ocasião Ricardo Lume.

O dirigente do PCP criticou também os argumentos usados para justificar o congelamento do salário mínimo nacional entre 2011 e 2014: “Os argumentos invocados para não aumentar o salário mínimo nacional, prendem-se com a falsa ideia do peso das remunerações na estrutura de custos das empresas e no seu suposto efeito negativo para a competitividade. Na verdade, as remunerações têm um peso na estrutura de custos das empresas, muito inferior a um conjunto de outros custos, designadamente com a energia, combustíveis, crédito ou seguros”.

Relativamente ao aumento do salário mínimo nacional em Janeiro de 2017 (para 557 euros), Ricardo Lume considera que “são insuficientes e não respondem à necessidade de reposição do poder de compra perdido ao longo dos anos”. “Convém recordar que se tivesse sido actualizado, considerando a inflação e o aumento da produtividade, rondaria hoje os 900 euros por mês”, remata o comunista.