Madeira

Observatório Oceânico da Madeira e Porto Santo Line assinam protocolo científico

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O Observatório Oceânico da Madeira (OOM) e a Porto Santo Line assinaram hoje um protocolo que possibilitará aos investigadores da OOM terem no navio “Lobo Marinho” uma plataforma de observação de espécies marinhas na rota Funchal-Porto Santo.

O protocolo renova a colaboração, que data de 2014, entre o OOM (unidade de investigação da ARDITI - Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação) e a Porto Santo Line.

Este acordo de cooperação permite a presença de investigadores a bordo do navio “Lobo Marinho” (três técnicos, três vezes por semana entre julho e setembro ) para observação e registo de cetáceos.

Esta colaboração, que vigorará durante um ano, surgiu no âmbito do Projeto CETUS-Madeira, um programa de monitorização que visa obter dados de ocorrência de cetáceos, no percurso entre a Madeira e o Porto Santo, utilizando o ferry “Lobo Marinho” como plataforma flutuante de avistamento.

Para estas tarefas científicas, o OOM recruta estudantes, estagiários e voluntários de vários países.

Na cerimónia de assinatura do protocolo que decorreu a bordo do “Lobo Marinho”, o responsável pelo OOM, Rui Caldeira, salientou a oportunidade disponibilizada pela Porto Santo Line, porque “na Madeira não há muitos acessos a plataformas flutuantes para recolha sistemática de informação oceânica e do lixo marinho”.

Pedro Frazão, administrador do Grupo Sousa, entidade que tem a concessão das ligações marítimas Madeira-Porto Santo, disse, por seu lado, que a colaboração entre o OOM e a Porto Santo Line se inseria “no posicionamento” da empresa “em matéria de responsabilidade social corporativa”.

“O que nós estamos a tentar fazer, de forma estruturada, é alinhar as nossas iniciativas de apoio, como é o caso desta, aos objetivos do desenvolvimento sustentável que estão identificados pelas Nações Unidas, designadamente a medida 14.º de conservação e uso sustentável dos oceanos e dos recursos marinhos”.

Os trabalhos de observação, iniciados em 2014, farão parte de uma tese de mestrado que será apresentada até ao final do ano.