Madeira

Custos das passagens para o Porto Santo podem aumentar substancialmente a partir de 2020

None

O preço das passagens para o Porto Santo pode sofrer um aumento substancial, a partir de 1 de Janeiro de 2020. Quem o admite é o administrador da Porto Santo Line. Duarte Rodrigues explicou, há pouco, na Assembleia Legislativa da Madeira, que essa pode ser a consequência da entrada em vigor de regulamentação internacional que vem condicionar as emissões ligadas à queima de combustível. Na prática, têm de ser reduzidas as emissões de enxofre.

Essa limitação, que entra em vigor em 2020, significará um sobrecusto de 900 mil a um milhão de euros anuais, em combustível. Valor que afectará o preço das viagens.

Por isso, o administrador da PSL desafiou os deputados madeirenses a, ao abrigo do estatuto da ultraperificidade, desenvolverem as acções que tiverem por convenientes, a nível nacional e internacional, para conseguirem para a Região uma prorrogação da entrada em vigor da nova regulamentação. Só assim, poderá ser evitado o aumento do custo das passagens.

As alternativas, estudadas pela PSL, foram adaptar o Lobo marinho ao uso de Gas Natural Liquefeito (GNL), mas isso teria um custo de 19,4 milhões de euros. A colocação de filtros nas Chaminés implicaria investir 9 milhões de euros e custos operacionais de 240 mil por ano. Por fim, também seria de ponderar a compra de um novo navio, o que não é viável com prejuízos anuais, como tem acontecido nos últimos quatro anos.

Duarte Rodrigues e Sérgio Gonaçalves, da PSL, foram à ALM, para uma audição parlamentar, requerida pelo PCP, sobre ‘As alternativas para as ligações marítimas Porto Santo/Madeira quando o “Lobo Marinho” estiver em doca seca”.

A conclusão generalizada é de que as obrigações contratuais são integralmente cumpridas e até superadas. O desacordo de alguns deputados vai para o contratos de concessão, nomeadamente, para o facto de ser a Região a assumir eventuais custos de reposicionamento de um navio substituto. Algo que, garantiu Duarte Rodrigues, tem sido impossível de conseguir. Alias, isso, provavelmente, representaria um custo de mil euros por passageiro, o que a PSL considera não fazer sentido.