O líder parlamentar do CDS-PP na Assembleia da República, Nuno Magalhães, apresentou esta noite, no Funchal, as propostas de alteração ao Orçamento de Estado com interesse para as populações da Madeira e que foram preparadas em conjugação com as direcções parlamentares do CDS nacional e regional.

Na ocasião, o centrista, que estará na Região até quinta-feira, disse que duas propostas visam melhorar a qualidade de vida dos madeirenses, outras duas visam combater o custo da insularidade e mais duas que visam fazer com que o Governo cumpra com aquilo que prometeu.

Especificando as propostas, Nuno Magalhães garantiu que o “CDS vai novamente apresentar uma dotação orçamental para a construção do novo hospital público da Madeira, à semelhança do que aconteceu o ano passado”. “O passa as culpas é inaceitável. Há promessas de mais e obras de menos. E nesse sentido vamos apresentar uma proposta para que seja incluído no Orçamento de Estado uma verba de 5,6 milhões de euros para que se possa finalmente, de forma muito concreta e clara, avançar para a construção do novo hospital”, explicou.

No âmbito de melhorar a qualidade de vida dos madeirenses, o líder parlamentar disse que é “preciso que se possa alterar o registo Internacional de Navios da Madeira no âmbito do Centro Internacional de Negócios”. “Entendemos que é um importantíssimo instrumento de dinamização da economia local e para criar postos de trabalho e, para o efeito, é preciso simplificar e descentralizar”, revelou.

Nuno Magalhães apresentou mais duas propostas que visam combater os custos da insularidade, que passam “pela necessidade da revisão do subsídio social de mobilidade, quer para residente, quer para estudantes, e o reforço necessário ao apoio do transportes aos mais novos, o passe sub-23”.

Por fim, o deputado centrista prometeu lutar para seja “pago o valor que o Governo prometeu e não pagou” em relação aos incêndios de Agosto de 2016, no valor de 5,344 milhões de euros, bem uma proposta de um milhão de euros que será inscrita no Orçamento de Estado para ajudar os emigrantes que estão a regressar da Venezuela.

Nuno Magalhães vincou ainda que, com base numa preocupação do CDS-Madeira, “é preocupante o facto da República cobrar do ponto de vista dos juros da dívida Madeira muito mais daquilo que os nossos parceiros internacionais cobram em relação à dívida da República. “É um mau princípio e vamos assumir o compromisso para aligeirar esta carga demasiado pesada sobre os madeirenses”, finalizou.