Madeira

21% dos trabalhadores da ARM aderem à greve pelo “aumento dos salários e melhores condições”

Sindicato contraria números da ARM e fala em 90% de adesão.

Foto Matilde Abreu
Foto Matilde Abreu

Os trabalhadores da Águas e Resíduos da Madeira (ARM) concentraram-se em frente à Quinta Vigia, na manhã desta segunda-feira, para reivindicar o “aumento dos salários e melhores condições de vida e trabalho”, que incluem melhores condições de segurança e saúde no trabalho.

Uma delegação tentou ser recebida pelo presidente do Governo Regional, mas segundo foi comunicado, Miguel Albuquerque encontrava-se numa reunião, pelo que não foi possível receber os sindicalistas.

Mário Matos, dirigente nacional Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas (SITE), explicou ao DIÁRIO que os trabalhadores “estão em greve em frente ao Governo Regional porque é a ele que compete também dar indicações à empresa para resolver esta situação, para que olhe para estes trabalhadores como portugueses”, fazendo alusão à discriminação de salários praticados na Madeira e no continente.

“Não podemos ser trabalhadores na Madeira, que fazem o mesmo trabalho que os do continente, e que ganham muito menos. É uma mera injustiça, é um problema que não podemos ignorar e que se o Governo Regional quiser, pode resolver”, acrescentou.

O representante disse, ainda que o sindicato está aberto a propostas do GR e da própria admnistração da empresa, referindo que “se não houver respostas que vão ao encontro destas reivindicações, a luta vai continuar”.

Em comunicado, a ARM já esclareceu que houve uma adesão que neste momento ronda os 21% e que, embora condicionados, os serviços funcionam “com normalidade, assegurando a prestação dos serviços essenciais à população”.

Estes números são contrários aos anunciados pelo SITE, que fala em cerca de 90% de adesão em toda a Região Autónoma da Madeira.

Na mesma nota, a ARM salienta ainda que já procedeu a um “conjunto significativo de melhoria das condições de trabalho dos seus colaboradores, ao nível remuneratório, da redução do horário de trabalho, do aumento do número de dias de férias e do reforço da segurança e saúde no trabalho” e continua “empenhada num percurso de melhoria contínua e de valorização” dos trabalhadores.

“A ARM, tendo já celebrado em 2017 um Acordo de Empresa com dois sindicatos, permanece em negociações com o SITE para alcançar um Acordo com o mesmo, nunca se tendo furtado ao diálogo nas 17 sessões de negociais, realizadas desde o final do ano de 2016”, conclui.