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Mudança gerou desconfiança

A alegada mudança gerou a desconfiança. E porquê? Tudo devido a uma fraude política. Prometeram, prometeram, quer o PSD, quer o PS, anunciaram-se como a mudança, mas a porcaria está na mesma! E ainda pior, deu lugar à desconfiança.

Foi alimentada a ilusão de que bastaria mudar de caras, de que seria suficiente substituir uns por outros nas cadeiras do poder.

Agora, para muita gente, já é claro que a mera substituição de Alberto João Jardim por Miguel Albuquerque, no essencial, apenas fez mudar as caras no desgoverno que conhecemos. Aliás, não é por acaso que estão de braço dado na campanha para as próximas eleições...

Também o PS quis entrar na mesma artimanha. Também Paulo Cafôfo anda a engenhar a conversa mole de que o que importa é rodar uns e outros, como se nos resolvesse alguma coisa apenas substituir uns por outros na aplicação da mesma política.

Pelo contrário, importa dizer: não basta mudar de caras, é necessário um novo rumo!

Em contraposição àqueles que alimentam a ideia da falsa mudança, cabe-nos esclarecer que nas próximas eleições a questão fundamental não se reduz à consideração sobre a forma como é ou poderá vir a ser executada a política de direita, como se bastasse tratar de uma substituição de uma geração por outra, como se tudo só dependesse de uma saber fazer melhor, como se tudo se tratasse de formas de ser e de estar ao serviço dos mesmos ou novos interesses e classes imperantes.

Cabe-nos demonstrar que é possível um novo rumo, em que a Autonomia passe a estar ao serviço dos trabalhadores e do Povo. Cabe-nos esclarecer que há um outro projeto, com orientações diferentes para uma viragem na concretização das prioridades políticas, na construção de uma alternativa política e da política alternativa.