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Trump oferece ajuda a Bolsonaro no combate aos incêndios na Amazónia

Foto Reuters
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O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, ofereceu, na noite de sexta-feira, apoio ao seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, no combate aos incêndios na Amazónia.

“Acabei de falar com o Presidente @JairBolsonaro do Brasil. As nossas perspetivas de comércio são muito excitantes e a nossa relação é forte, talvez mais forte que nunca. Disse-lhe que se os Estados Unidos puderem ajudar com os fogos na floresta Amazónia, estaremos prontos a atuar”, escreveu Trump na plataforma Twitter.

Jair Bolsonaro também escreveu sobre o assunto, afirmando que teve uma “excelente conversa” com Donald Trump.

“O Presidente Trump também se colocou à disposição para nos ajudar na proteção da Amazónia e no combate às queimadas [incêndios], se assim desejarmos, bem como para trabalharmos juntos por uma política ambiental que respeite a soberania dos países”, concluiu Bolsonaro.

O chefe de Estado brasileiro autorizou na sexta-feira o recurso às Forças Armadas para o combate aos incêndios na Amazónia, no período entre 24 de agosto e 24 de setembro, num decreto que foi publicado no Diário Oficial da União, equivalente ao Diário da República português.

O número de incêndios no Brasil aumentou 83% este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta.

Tem cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).

O Presidente francês, Emmanuel Macron, apelou para que os incêndios na Amazónia sejam discutidos na cimeira do G7, que começa hoje, em Biarritz, sudoeste de França, por se tratar de uma “crise internacional”.

Participam na cimeira os líderes da Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão e Reino Unido.

Também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, se mostrou “profundamente preocupado” com os incêndios numa das “mais importantes fontes de oxigénio e biodiversidade”, referindo que a Amazónia “deve ser protegida”.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro anunciou que a desflorestação da Amazónia aumentou 278% em julho, em relação ao mesmo mês de 2018.