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Produção de cocaína na Colômbia aumenta 5,9% entre 2017 e 2018

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A produção de cocaína na Colômbia aumentou 5,9% em 2018, em comparação com 2017, no principal país produtor dessa droga, anunciaram as Nações Unidas.

A capacidade de produção de cocaína aumentou, em um ano, de 1.058 para 1.120 toneladas, indicou a agência da ONU contra drogas e crime, no relatório anual apresentado em Bogotá, na segunda-feira.

Este aumento deve-se a vários fatores: uma grande parte às plantas de coca, matéria-prima da cocaína, que se encontram numa fase em que apresentam um melhor desempenho, e ao desenvolvimento de técnicas de cultivo, de acordo com o texto.

Esse aumento na produção contrasta com o leve declínio (-1,2%) das plantações de coca em 2018.

“As plantações de coca diminuíram ligeiramente no ano passado, de 171.000 hectares (em 2017) para 169.000 hectares” em 2018, avançou na sexta-feira o representante da agência para a Colômbia, Pierre Lapaque.

Esta ligeira queda, o único número divulgado naquele dia, foi então celebrada pelo Presidente colombiano, Ivan Duque.

Embora baixa, essa redução na área cultivada contrasta com a tendência dos últimos anos na Colômbia: de 48.000 hectares em 2013, as plantações cresceram para 69.000 em 2014, depois continuaram a subir para alcançar um aumento recorde em 2017.

O relatório também destaca um aumento no preço da cocaína: em 2017, o quilograma foi negociado, em média, a 4,4 milhões de pesos colombianos (1.160 euros), tendo registado, em 2018, uma subida para 4,9 milhões de pesos (1.300 euros).

Além disso, as apreensões de drogas diminuíram de 434 toneladas em 2017 para 414 toneladas em 2018.

Sob pressão dos Estados Unidos, o Presidente colombiano, Ivan Duque, procura retomar a pulverização aérea do glifosato, suspenso desde 2015 pelo ex-chefe de Estado por causa dos potenciais danos deste herbicida para saúde humana e para o ambiente.

A Colômbia é responsável por 70% da cocaína global.