Mundo

Presidente da Rússia visita a Síria em meio a tensão no Médio Oriente

Foto EPA/MIKHAEL KLIMENTYEV
Foto EPA/MIKHAEL KLIMENTYEV

O Presidente russo, Vladimir Putin, está hoje na Síria e encontrou-se com várias autoridades do país, incluindo o seu homólogo sírio, Bashar al-Assad, divulgaram os media estatais sírios.

Esta é a segunda visita de Putin à Síria, país devastado pela guerra que teve início em 2011.

O regime sírio é aliado da Rússia, país que mantém tropas que lutam ao lado das forças governamentais da Síria desde 2015.

A visita de Putin ocorre no momento da escalada da tensão entre o Irão, um importante aliado sírio, e os Estados Unidos, após a morte do general iraniano Qassem Soleimani num ataque aéreo ordenado pelo Presidente norte-americano, Doland Trump, a Bagdad, no Iraque, na sexta-feira.

A morte de Soleimani provocou apelos de vingança contra os EUA em todo o Irão e em outros países e grupos aliados dos iranianos.

Hoje, uma debandada que ocorreu durante as cerimónias fúnebres do general Qassem Soleimani provocou a morte de mais de 50 pessoas e outras centenas ficaram feridas. O funeral do general foi adiado para mais tarde, mas as autoridades iranianas não informaram a que horas ocorrerá.

Qassem Soleimani morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

No mesmo ataque morreu também o ‘número dois’ da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular (Hachd al-Chaabi), além de outras oito pessoas.

O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e só terminou quando Donald Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas --- Rússia, França, Reino Unido, China e EUA --- mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.

No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.