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Papa “profundamente triste” expressa solidariedade com muçulmanos

FOTO Reuters
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O papa Francisco manifestou hoje a sua tristeza pelos “actos de violência sem sentido” contra as duas mesquitas na Nova Zelândia, que provocaram pelo menos 49 mortos, expressando a sua solidariedade com a comunidade muçulmana do país.

“O papa Francisco está profundamente entristecido ao saber dos feridos e mortos causados por actos de violência sem sentido contras duas mesquitas em Christchurch e assegura a todos os neozelandeses, e em particular à comunidade muçulmana, a sua sincera solidariedade face aos ataques”, segundo um telegrama assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.

Francisco “reza pela recuperação dos feridos, o consolo daqueles que choram o desaparecimento de entes queridos e por todos aqueles afectados por esta tragédia”, acrescenta o texto.

Pelo menos 49 pessoas morreram hoje no ataque a duas mesquitas em Chirstchurch, na Nova Zelândia, disse o comissário Mike Bush da polícia neozelandesa, acrescentando que um suspeito vai ser presente a tribunal.

Os ataques tiveram início às 13h40 (00h40 em Lisboa) nas mesquitas de Al Noor, em Hagley Park, e de Linwood Masjid.

Em conferência de imprensa, o comissário Mike Bush informou que “um homem foi acusado de homicídio” e vai ser presente a tribunal pelos ataques contra as mesquitas, situadas no centro da cidade de Christchurch.

Segundo este responsável, as autoridades desactivaram uma série de engenhos explosivos improvisados encontrados num veículo após os disparos numa das mesquitas.

Christchurch é a maior cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia e a terceira maior cidade do país com cerca de 376.700 habitantes, localizada na costa leste da ilha e a norte da península de Banks. É a capital da região de Canterbury.

Um homem que se identificou como Brenton Tarrant, de 28 anos, nascido na Austrália, reivindicou a responsabilidade pelos disparos e transmitiu em directo na Internet o momento do ataque.

Brenton Tarrant deixou um manifesto anti-imigrantes de 74 páginas, no qual procurou justificar as acções.