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Itália disponibiliza quase 1 ME para projecto de apoio a jovens deficientes em Moçambique

Foto DR
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A Cooperação italiana em Moçambique disponibilizou 900 mil euros para um projecto formação profissional a jovens portadores de deficiência em três cidades moçambicanas, disse à Lusa coordenadora do projecto.

“É um projeto que quer realizar alguns percursos de inclusão socioeconómicas para jovens com deficiência”, disse Elena Pani, coordenador do projecto, da autoria da Associação Italiana Amigos de Raoul Follereau (Aifo) em com coordenação com a Cooperação italiana em Moçambique.

O projecto visa igualmente divulgar e proteger os direitos das pessoas com deficiência, nomeadamente o acesso aos edifícios públicos, transporte, formação profissional e oportunidades de emprego.

A Aifo está a trabalhar em parceria com Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (Ifpelac) em três cidades, nomeadamente Maputo, Beira e Pemba, sul, centro e norte do país, respetivamente.

Com o valor, espera-se a reabilitar os centros de formação de Ifpelac para os tornar acessíveis para deficientes, além da formação de professores para questões relacionadas com a inclusão de jovens com deficiência.

“O plano é formar os professores sobre língua de sinais, tecnologias, facilitadores de ensino inclusivo, psicopedagogia com pessoas com deficiência e todo este trabalho nestas três cidades”, declarou a coordenador do projecto.

A coordenadora disse ainda que é necessário incentivar a sociedade para mobilizar mecanismos legais para a elaboração de leis que defendam pessoas com deficiência no país.

Em janeiro, a Aifo vai dar bolsas para 120 portadores de deficiência para formação no Ifpelac nas três províncias.

No âmbito deste projecto já foram formadas mais de 12 mil pessoas, das quais perto de 400 com deficiência entre janeiro e setembro deste ano em Moçambique.

Dados do último censo (2017) indicam que Moçambique possui 727.620 pessoas com deficiência, o equivalente a 2,6% da população.