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Governo do Rio de Janeiro transfere 2.400 presos em megaoperação

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Uma megaoperação da Secretaria de Administração Penitenciária do estado brasileiro do Rio de Janeiro (Seap) levou hoje à transferência de 2.400 presos entre quatro instalações penitenciárias da cidade, segundo a imprensa local.

De acordo com a Seap, o intuito da transferência é abrir espaço para presidiários em regime semiaberto que não pertençam a nenhuma fação criminosa, de forma a atender a uma recomendação internacional sobre direitos humanos.

A movimentação envolveu presos do Instituto Penal Edgard Costa, em Niterói, e de três unidades do complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

Na megaoperação, que contou com a participação de 400 agentes penitenciários, foram apreendidos 39 telemóveis em celas das unidades envolvidas.

O Brasil tem atualmente um problema de sobrelotação das prisões.

A Human Rights Watch destacou que, em junho de 2016, mais de 726 mil pessoas estavam presas no Brasil. Porém, o sistema carcerário só tinha capacidade para receber metade desse total.

No final de 2018, o número de presos no Brasil era superior a 841 mil.

Em fevereiro passado, O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciou que o seu estado terá uma prisão de nove andares, capaz de alojar cinco mil presos, sendo uma estrutura inédita no país.

Segundo Witzel, a nova cadeia ficará em Bangu, um bairro localizado na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro e substituirá uma prisão já existente no local, que está em más condições de conservação, de acordo com o governador.

De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça do Brasil (CNJ), o Rio de Janeiro tem 53 mil presos, para um total de 29 mil vagas em 56 estabelecimentos prisionais.