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Estados Unidos desenvolveram arma nuclear de baixa potência para submarinos

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Os Estados Unidos anunciaram, esta terça-feira, que desenvolveram pela primeira vez uma arma nuclear de baixa potência para lançamento por submarino, com a intenção de dissuadir a Rússia de usar armas semelhantes.

O Pentágono já avisara, em Fevereiro de 2018, que estava a modificar cerca de 50 ogivas nucleares para as poder instalar em submarinos, com o propósito declarado de responder a ameaças russas.

Segundo os EUA, Moscovo está a modernizar um arsenal de duas mil armas nucleares tácticas, para ameaçar países europeus, contornando o tratado de desarmamento START, assinado entre os dois países, em 1991.

O Pentágono disse que o plano de dissuasão nuclear começou a ser desenvolvido. “A Marinha dos EUA introduziu a ogiva nuclear W16-2, de baixa potência, num míssil balístico para lançamento desde um submarino”, afirmou John Rood, número dois do Pentágono, num comunicado.

“Potenciais adversários, como a Rússia, acreditam que o uso de armas nucleares de baixa potência lhes dará uma vantagem sobre os Estados Unidos e os seus aliados e parceiros”, acrescentou Rood, que confirmando assim informações de um grupo de especialistas que tinha levantado essa possibilidade.

A Rússia já assumiu que conta com armas estratégicas nucleares como base para a doutrina de dissuasão assente no princípio da “destruição mútua garantida”.

Estas armas nucleares tácticas, de potência inferior à que foi usada em Hiroshima, no final da II Guerra Mundial, permitiria a Moscovo conseguir vantagem sobre os ocidentais em caso de conflito, já que Washington hesitaria em retaliar com uma arma nuclear de potência total, muito mais devastadora.

Segundo a estratégia do Pentágono, hoje explicada, a Rússia tem ser rapidamente dominada em caso de conflito convencional com as potências ocidentais.