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Asteroide Gault está a autodestruir-se, um fenómeno raro observado por telescópios

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O asteroide Gault, localizado entre Marte e Júpiter, está a autodestruir-se lentamente, um fenómeno raro observado por vários telescópios, incluindo o espacial Hubble, divulgou ontem a Agência Espacial Europeia (ESA), que opera este instrumento.

Segundo um comunicado da ESA, o asteroide, descoberto em 1988, libertou material para o espaço, o que pode dar pistas aos astrónomos sobre a história da formação planetária nos primórdios do Sistema Solar.

Nas imagens captadas pelos telescópios, o Gault aparece com dois traços de detritos que fazem lembrar as caudas dos cometas.

O corpo rochoso, que tem quatro a nove quilómetros de diâmetro, libertou material duas vezes, em 28 de outubro e 30 de dezembro de 2018, durante poucas horas ou dias.

De acordo com a ESA, as ‘caudas’ do asteroide podem ser visíveis durante mais alguns meses, até o rasto de poeira se dispersar no espaço interplanetário.

A ausência de excesso de poeira próximo do asteroide leva os astrónomos a concluírem que a sua atividade não resultou da colisão com outro corpo de grande massa, mas da sua instabilidade.