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Aruba, Bonaire e Curaçau passam a exigir visto de entrada a venezuelanos

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As Antilhas Holandesas (ABC, Aruba, Bonaire e Curaçau) juntaram-se hoje aos países situados na América Latina que passaram a exigir visto de entrada aos venezuelanos que pretendam viajar para aquelas ilhas.

O anúncio foi feito pela primeira-ministra de Aruba, Evelyn Wever-Croes, através de um comunicado publicado na página do seu Governo na Internet. O país tem registado um aumento de migrantes da Venezuela, apesar de a fronteira entre as duas nações estar fechada desde o passado mês de fevereiro.

“Após meses de deliberação e consulta com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino dos Países Baixos (Mark Rutte) e os primeiros-ministros de Aruba (Evelyn Wever-Croes) e Curaçau (Ruud Verbeek), foi tomada a decisão de pedir um visto temporário para os portadores de passaporte venezuelano que visitam as ilhas”, explica o comunicado.

A “exigência de vistos temporários é necessária, pois a situação na Venezuela agravou-se e a migração ilegal passou a ser alarmante”, prossegue a mensagem da governante.

“Muitos países já pedem vistos aos migrantes venezuelanos, entre os quais Peru, Panamá, Equador, Guiana, Trinidad e Tobago e o Chile”.

O documento explica que a medida tem como propósito “lidar com o fluxo migratório em direção às ilhas”, e que a duração desta medida “dependerá da situação na Venezuela”.

“Assim que a situação melhorar, a política de vistos será suspendida”, explica a primeira-ministra de Aruba, precisando que a medida será complementada pelo Sistema Eletrónico de Autorização de Viagem (ESTA, sigla da expressão em inglês) que verificará previamente as informações dos passageiros.

“É importante esclarecer que a política de vistos terá exceções. Os viajantes venezuelanos com visto norte-americano válido ou autorização de visitante para países como EUA, Canadá, Grã-Bretanha e Irlanda não precisam de solicitar o visto para as ilhas ABC”, acrescenta o comunicado.

Nas viagens para Saint-Martin verifica-se, no entanto, uma situação distinta, “pois a ilha está dividida entre a República Francesa e o Reino dos Países Baixos”.

“Saint-Martin tem também a intenção de ser incluído na política de vistos”, sublinha.

Em fevereiro de 2019, o Governo do Presidente Nicolás Maduro ordenou o encerramento das fronteiras com Aruba, Bonaire e Curaçau, depois de o presidente do parlamento, o opositor Juan Guaidó, anunciar que tentaria fazer chegar ajuda humanitária ao país desde as ilhas caribenhas.

Desde então o trânsito aéreo e marítimo com as ilhas de Aruba, Bolívar e Curaçau, continuam encerradas.