Madeira

Sara Cerdas defende estratégias políticas para o combate ao vírus da SIDA

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Sara Cerdas, eurodeputada madeirense, foi anfitriã de um evento em Estrasburgo, durante a semana plenária, para discutir de que forma os decisores políticos a nível nacional e europeu podem trabalhar em conjunto para garantir que o combate ao Vírus da Imunodeficiência Humana - VIH/SIDA - continue a ser uma prioridade na União Europeia, assim como assegurar que as pessoas que actualmente vivem com VIH tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade.

“Discutimos a importância de criar novas estratégias políticas, por um lado para investir na prevenção e redução de novos casos e, por outro lado, para melhorar a qualidade de vida e bem-estar das pessoas que vivem com VIH”, referiu a eurodeputada que abordou também a importância em cumprir os compromissos das Nações Unidas até 2020, denominados ‘90-90-90’, onde são definidas metas, nomeadamente que 90% das pessoas que vivem com o VIH conheçam o seu diagnóstico, que esses diagnosticados recebam tratamento contínuo e que estas pessoas consigam reduzir significativamente a presença do vírus no sangue.

Segundo os dados de 2017, do ECDC - The European Centre for Disease Prevention and Control, quatro décadas após a descoberta deste vírus, Portugal ainda tem um elevado número de novos casos com VIH, superior à União Europeia. O mesmo relatório afirma que em Portugal foram diagnosticados 10.3 novos casos de VIH, em cada 100 mil pessoas, enquanto o valor na União Europeia foi de 6.2, por 100 mil pessoas.

Já no passado mês de Outubro, durante o período de audição aos Comissários indigitados, a eurodeputada socialista questionou Stella Kyriakides, responsável pela área da Saúde, sobre a posição da Comissão Europeia quanto ao encerramento de dois grupos de trabalho especializados na área do VIH. Alertou ainda para a pertinência dos mesmos para uma decisão política fundamentada.

O debate contou ainda com a presença de representantes de iniciativas relacionadas com VIH/SIDA, eurodeputados, deputados e autarcas nacionais e outras partes interessadas.