Turismo Madeira

Reforço orçamental da Associação de Promoção da Madeira depende de estudo

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À margem do encerramento do XI Congresso Internacional de Turismo, esta quarta-feira, no Colégio dos Jesuítas, o secretário regional do Turismo e Cultura afirmou que o valor do reforço orçamental que a Associação de Promoção da Madeira (APM), ainda não está decidido. Eduardo Jesus destacou que em 2015 a APM contava com 1,5 milhões de euros e que, em 2019, esse valor alcança os 10 milhões de euros (7,5 milhões provenientes do público e os restantes de privados).

Este dinheiro, esclareceu, estará disponível a partir de Janeiro, não apenas para investir e recuperar nos mercados inglês e alemão, mas atrair novos, como América do Norte e Canadá. Para já, está a ser realizado um estudo que tem como objectivo conhecer estes potenciais clientes de forma a criar estratégias comerciais eficazes. Esse estudo está finalizado, também, no início do próximo ano e é também a razão, de acordo com Eduardo Jesus, para o reforço financeiro à APM não ter sido ainda fixado: “Interessa-nos explorar esse mercado mas com consciência. É um mercado demasiado grande para se investir às escuras, isso seria perder dinheiro. Interessa-nos, na sequência desse estudo, perceber as acções concretas. Os alvos específicos daquela população, as áreas geográficas e ligações aéreas a atingir para melhor investir”.

Sobre quem ocupará o lugar deixado vago por Roberto Santa Clara, o ex-director executivo da APM, Eduardo Jesus apenas adiantou que o trabalho de recrutamento e contratação está nas mãos de uma empresa de ‘caça-talentos’, já que é uma posição estratégica na Região e que deve reunir consenso entre público e privado. A procura. “numa lógica profissional” tem sido feita no mercado nacional e no internacional, “correspondendo ao nível de exigência que colocamos na associação”. Sobre quando será escolhido o próximo director-executivo, o secretário regional avança que “não há qualquer previsão”.

Para já, Eduardo Jesus diz estar descansado, já que José Alberto Cardoso está a ser uma peça “exemplar” na direcção executiva interina da APM, como substituto de Roberto Santa Clara, e que a associação tem funcionado nos mesmos moldes que trabalhava até à saída do antigo director: “A APM não parou, está a cumprir o seu programa de 2019 e neste momento tem o seu programa para 2020 já elaborado, apenas falta fechar o valor do reforço orçamental”. Para justificar que tudo corre bem, lembro a “acção enérgica” da APM na sequência da falência da Thomas Cook que rapidamente reuniu com o Turismo de Portugal para encontrar uma solução que colmatasse, para já, os efeitos da falência no mercado turístico regional.

Eduardo Jesus lembrou a chegada de um novo operador inglês para a Madeira, a Easyjet Holidays, a partir de Abril do próximo ano, mas lembra que esses resultados “vão aparecer diluídos no tempo”. Apesar de ser inglês, o operador trabalhará com vários mercados europeus, entre eles Alemanha, França ou Itália, para vender pacotes turísticos para a Madeira. É destes países que a Easyjet Holidays quer trazer turistas para a Região tendo já contratado com 30 hotéis na Madeira, mas querendo chegar aos 100, “com a grande preocupação dessa contratação ser de maior abrangência geográfica, o que quer dizer que não é só no Funchal”.