O Partido Trabalhista condenou hoje a política de prémios na TAP considerando que é “descarada e indecorosa” e um “desrespeito aos portugueses, sobretudo aos madeirenses e porto-santenses”.

Perante o que foi noticiado na imprensa, Raquel Coelho condenou o pagamento de prémios da TAP no valor de 1.171 milhões de euros a 180 pessoas, incluindo dois prémios de 110 mil euros atribuídos a quadros superiores, numa altura em que a transportadora aérea portuguesa apresenta um prejuízo de mais de 100 milhões de euros.

“Os madeirenses e porto-santenses pagam couro e cabelo, cada vez que precisam ir ao continente, chegando a pagar 600 euros por um voo, para depois a companhia distribuir prémios milionários pela nomenclatura socialista”, acusou Raquel Coelho, salientando que o Estado só reverteu o processo de privatização para “salvaguardar os interesses dos boys e girls colocados na empresa”.

A deputada trabalhista referiu ainda que, “apesar do Estado ter o controlo maioritário da empresa, já não manda nada, porque a gestão ficou privada”, salientando que, nestes moldes, o processo de reversão da privatização da TAP “foi um embuste aos portugueses”, uma vez que o serviço público e de solidariedade “não existe em nenhuma gestão privada”.