Coronavírus Madeira

“O conforto é que podemos ir ao privado se necessário”, disse Pedro Ramos sobre coronavírus

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“Estou convencido que na Madeira podemos ter algum caso na Região, temos muitos turistas”, disse o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, esta segunda-feira durante a apresentação do Plano de Contingência regional para o novo coronavírus. Nesse caso, acrescentou Pedro Ramos, a Região está preparada para responder, seja através do serviço público, seja através do privado: “O conforto é que podemos ir ao privado ou convencionado se for necessário”, sublinhou.

O documento orientador produzido na Madeira é, no fundo, a adaptação das orientações elaboradas pela Direcção-Geral de Saúde à realidade regional. O Plano pressupõe que existam locais para isolamento na unidade hospitalar para receber os infectados pelo coronavírus - de preferência o isolamento deve acontecer em quarto, com pressão negativa e casa de banho privada - e Pedro Ramos assegurou que a Região tem estas valências: “Existem quartos com pressão negativa na Região Autónoma da Madeira, não só no Serviço Regional de Saúde, mas também no Sistema Regional de Saúde. Este Plano de Contingência de Infecções Emergentes não é do Serviços Regional de Saúde (SRS), é do Sistema Regional de Saúde da RAM. Engloba o público, o privado, o convencionado e eventualmente o social, se tivermos que usar uma infraestrutura”, afirmou o governante.

O Hospital Dr. Nélio Mendonça é a unidade escolhida para receber os casos suspeitos e o executivo explica que os profissionais de saúde já receberam formação para lidar com estes doentes. Foi também criado um corpo de bombeiros dedicado a fazer o transporte destes infectados.

O Plano de Contingência para as Infecções Emergentes estabelece as normas e as orientações que os profissionais de saúde e da protecção civil devem tomar para lidar com o coronavírus.

A informação é outro dos pontos-chave do plano e, por isso, o executivo criou um microsite sobre o coronavírus disponível no site do IASAÚDE a partir de terça-feira.

Além disso, o presidente do Conselho Directivo do IASaúde também explicou que o SRS está articulado com os aeroportos, portos e marinas da Região para despistar casos suspeitos de infecção: “A nível dos portos e dos aeroportos está tudo bem delineado, estruturado. Estamos a tentar trabalhar com o SIS [Serviço de Informações de Segurança] para tentar perceber se há outras entradas nas marinas e se conseguimos controlar todo o fluxo de entradas”, explicou o presidente do Conselho Directivo do IASaúde.

Para Herberto Jesus, no entanto, “a questão não está nas entradas” mas nos sintomas que possam indiciar que o caso x deve ser suspeito: “Não é qualquer pessoa que chega e tem uma tosse”.