Madeira

Nunca na Madeira se usou tanto o cartão para levantar, pagar e fazer compras

Recorde absoluto batido em 2018, juntando as três modalidades do ‘dinheiro virtual’, ascendeu a um total de 1.778 milhões de euros

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No ano de 2018, o valor dos levantamentos adicionados das compras através de terminais de pagamento automático da rede Multibanco na Região cresceu 4,7% face ao ano anterior, informa a Direcção Regional de Estatística da Madeira. E se juntarmos os pagamentos, então teremos o melhor ano de sempre na utilização dos meios de pagamento com cartão ou ‘dinheiro virtual’.

“Os dados fornecidos pela Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) mostram que os montantes relativos às duas principais operações da rede Multibanco (levantamentos e compras através de terminais de pagamento automáticos), consideradas no seu conjunto, registaram, em 2018, um crescimento de 4,7% face ao ano de 2017, atingindo o montante recorde de 1,6 mil milhões de euros. No caso dos cartões nacionais, o acréscimo no referido agregado foi de 6,1% enquanto nos internacionais verificou-se uma redução de 2,1%”, frisa.

Ainda no ano passado, foram levantados nas Caixas Multibanco da RAM um total de “679,3 milhões de euros, 3,2 milhões de euros acima do verificado no ano precedente (+0,5%). Os levantamentos nacionais ultrapassaram os 620,9 milhões de euros, tendo aumentado 2,1%, enquanto os internacionais fixaram-se nos 58,5 milhões de euros, decrescendo 14,2% face a 2017”, afiança, confirmando um sinal de que há uma clara perda de divisas da parte, sobretudo, do turismo.

Refira-se também que “as compras através de terminais de pagamento automáticos (TPA) atingiram, em 2018, os 958,9 milhões de euros, +7,8% que em 2017”, sendo de notar que já se paga mais com cartão do que os levantamentos para ter dinheiro no bolso. “As compras feitas com cartões nacionais rondaram os 754,3 milhões de euros (+9,5%), enquanto as compras realizadas com cartões internacionais fixaram-se nos 204,6 milhões de euros (+2,0%)”, confirmando novamente que esta é uma tendência sobretudo praticada pelos residentes e turistas nacionais.

“Por sua vez, os pagamentos registaram um aumento de 4,8%, fixando-se o montante envolvido neste tipo de operação em 139,8 milhões de euros”, acrescenta a DREM.

Juntando estas três vertentes, temos um saldo de mais de 1.778 milhões de euros de dinheiro a circular na economia regional.

A acompanhar o país

“A nível nacional, as variações nos levantamentos, nas compras através de TPA e nos pagamentos foram de +2,4%, +9,1% e +5,8%, respetivamente. A variação homóloga dos levantamentos agregados às compras através de TPA, no país, foi de 6,3%”, diz a DREM que, mostra que nesse capítulo acompanhamos o país.

Já na análise dos dados a nível local/concelhio, “mostra ainda que na maioria dos municípios da RAM registaram subidas nesta variável, constituindo a Calheta o município onde o crescimento dos levantamentos agregados das compras através de TPA foi mais significativo (+11,3%), seguido de Câmara de Lobos (+10,6%) e Ponta do Sol (+10,1%). A única descida verificou-se no Porto Santo (-1,3%)”, afiança.

O 4.º trimestre de 2018 foi bom para a economia, pois “os montantes levantados em caixas Multibanco aumentaram 2,9% face ao período homólogo, enquanto as compras através de TPA cresceram 7,4%. A nível nacional, as variações homólogas nos levantamentos e nas compras através de TPA no último trimestre de 2018 foram de +3,4% e +8,4%, respetivamente”, aponta.

“Sendo dezembro historicamente o mês de maior movimentação na rede Multibanco (165,2 milhões de euros), o que naturalmente está associado à quadra festiva celebrada, constata-se que face ao mês homólogo, o montante de levantamentos adicionado das compras através de TPA cresceu 6,0%. Os montantes movimentados através destas duas operações com cartões nacionais subiram 7,1%, enquanto os realizados com cartões internacionais diminuíram 1,5%”, conclui.

Refira-se que a DREM procedeu à actualização da série retrospectiva com dados sobre a rede multibanco, na maior parte dos casos com início em 1997, ficando claro que este foi de facto, até agora, o melhor ano, neste indicador.