Madeira

Novo director clínico empenhado em construir uma mudança pacífica no Serviço de Saúde da Madeira

A partir da próxima semana, Mário Pereira iniciará contactos para ouvir as preocupações dos médicos

Foto Helder Santos/ASPRESS
Foto Helder Santos/ASPRESS

Mário Pereira prometeu, na cerimónia de posse como novo director clínico do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) deixar a porta aberta a todos os médicos e revelou que iniciará, na próxima semana, um conjunto de contactos com todas os médicos para ouvir as preocupações. Ao secretário regional da Saúde prometeu lealdade, ao SESARAM uma mudança pacifica e aos utentes mais humanização.

Mário Pereira começou por agradecer a confiança do secretário regional da Saúde para ser director clínico do SESARAM nos próximos 3 anos e prometeu ser leal a Pedro Ramos e colaborar de todas as formas possíveis no sentido de cumprir com o programa de governo que, lembrou, votou favoravelmente quando era deputado do CDS, por considerar ser “um excelente programa de governo”.

No discurso de tomada de posse, o novo director clínico garantiu que vai continuar o esforço do sentido da humanização na prestação dos cuidados de saúde, proporcionando mais informação, um circuito de tratamento e de diagnóstico mais célere e melhorando as condições de trabalho dos médicos.

O médico ortopedista observou ainda, que depois de concretizadas as obras no Hospital Dr. Nélio Mendonça, será possível ter uma “grande modernização do bloco operatório” e “condições de atendimento muito mais humanas no serviço de urgência”. Lembrou também a intervenção no Hospital dos Marmeleiros, que “dignificará a prestação de cuidados de saúde”.

Depois dessa melhoria estrutural, Mário Pereira acredita estarem reunidas todas as condições para reduzir as listas de espera para as cirurgias.

Num discurso elogioso ao trabalho que tem vindo a ser feito pelo Governo Regional, Mário Pereira dirigiu-se aos médicos procurando pacificar o ambiente de convulsão que se tem verificado, nomeadamente com a demissão em bloco de 33 directores e coordenadores de serviço do SESARAM.

“Sinto-me muito orgulhoso em ser director clínico numa instituição que tem um terço dos seus médicos com 30 ou menos anos. Isso é uma enorme mais valia”, realçou , aplaudindo o esforço do SESARAM em atrair novos médicos internos que permitirá que, futuramente, o serviço ganhe recursos humanos bem formados e motivados.

Mário Pereira não escondeu que as mudanças que pretende empreender não serão fáceis de executar. “Sei que há dificuldades, que há resistências quando se muda alguma coisa”, admitiu. Contudo, prometeu estar empenhado em “continuar a pacificação do SESARAM e assegurar que todos os médicos serão respeitados”.

Aos médicos, garantiu: “Terei as portas da direcção clínica aberta a todos”. E revelou que na próxima semana iniciará um conjunto de contactos para ouvir os colegas e as preocupações, prometendo fazer a ponte com a administração tendo em vista a resolução.

Falando dos desafios, Mário Pereira citou Winston Churchil: ”É inútil estarmos a fazer o que é possível, temos de ter às vezes a coragem de fazer o que é necessário”. Da sua parte, assegurou que espera, “em regime colaborativo dar o humilde contributo para que os desafios sejam cumpridos no SESARAM.