Madeira

Miguel Albuquerque destaca “irmãos” da Venezuela no Fórum Madeira Global

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Arrancou o Fórum Madeira Global, esta quarta-feira, no Savoy Palace, depois de adiado breves momentos devido ao atraso do secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro.

A sala está cheia e, depois das artistas madeirenses Ninfas do Atlântico subirem ao palco para interpretarem os hinos de Portugal e da região, Miguel Albuquerque abriu a sessão sublinhando a importância de “consolidarmos a rede afectiva com as nossas comunidades”.

O presidente do Governo Regional enfatizou que a “Madeira tem que aproveitar a sua diáspora para consolidar a sua presença no mundo”. Sublinhando que o Fórum Madeira Global é também “uma discussão sobre a participação política e cívica”, as palavras do chefe do Governo madeirense dirigiram-se depois aos “regressados da Venezuela”, sobretudo os que chegam “em situações de precariedade”, para elogiar a Madeira e a forma que a Região encontrou para receber “os nossos irmãos”, algo que deve ser “relevado”. Aos regressados da Venezuela Miguel Albuquerque resumiu: “Quero que se sintam em casa”. E reforçou: “A nossa política continuará a ser a de acolher sem qualquer restrição”.

Sem se alongar demasiado, o presidente do Governo Regional tocou ainda em assuntos mais burocráticos, como alguns entraves às licenças de residência, e depois falou sobre um dos grandes acontecimentos destes tempos: o Brexit.

Aos madeirenses e luso-descendentes que vivem no Reino Unido (RU), Miguel Albuquerque prometeu: “O compromisso no meu Governo para acompanhar de perto tudo aquilo” que se passa em relação ao Brexit. O presidente falou ainda sobre a União Europeia (UE), defendendo que o “RU é o alicerce geopolítico atlântico na UE”, um país que “faz muita falta à UE”. O presidente disse ainda “que também é verdade que do ponto de vista geopolítico vai ser eficaz, a Europa vai ter tendência para se continentalizar”. No fundo, resumiu: “A saída do Reino Unido vai mudar muito”.

Miguel Albuquerque fechou a intervenção, mesmo antes das Ninfas do Atlântico voltarem ao palco, rematando: “Manter a nossa política de apoio de ligação às nossas comunidades numa base sólida”.